quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Justiça manda prender torcedor e suspende a Popular do Inter

Líder responde por agressão e por descumprir determinação judicial

Torcida Guarda Popular não poderá ser identificada até o fim do processo | Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP Memória
   Torcida Guarda Popular não poderá ser identificada até o fim do processo
   Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP Memória

A 2ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor de Porto Alegre decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva de Gilberto Bitencourt Viegas, líder da Torcida Guarda Popular, e a suspensão da própria Popular enquanto durarem as investigações de uma agressão coletiva na qual Viegas estaria envolvido.

Viegas teria participado da agressão a Marcelo Silveira Machado antes da viagem para o jogo contra o Coritiba, no domingo passado. Além disso, teria burlado a tornozeleira eletrônica para se deslocar até a capital paranaense com objetivo de assistir a partida do Inter.

“Havendo provas do envolvimento em outro delito grave; somado ao também evidente descumprimento da medida de afastamentos dos estádios, é forçoso que se aplique a prisão preventiva. Trata-se de medida extrema, porém necessária, porquanto a única forma de efetiva proibição, o que, em última análise, significa preservação da ordem pública no ambiente dos estádios”, determinou o juiz Marco Aurélio Martins Xavier no mandado.

A Justiça obteve vídeo da agressão e o magistrado considerou grave. “Esse fato demonstrou covardia e predisposição para a 'violência organizada', com absoluto desdém em relação aos prejuízos potenciais à vida humana”, diz a decisão. 

Embasado no vídeo, o juiz determinou a suspensão da torcida, independente do mando de campo, o que implica na vedação do uso de qualquer faixa, banda ou outra forma de identificação da torcida organizada. “O pedido de proibição de funcionamento da Torcida Organizada Guarda Popular é medida que se impõe, em prol da pacificação dos estádios”, sustentou a decisão, que ainda explica: “Não sendo razoável a proibição pessoal de todos os integrantes, por atos perpetuados por alguns, a razoabilidade está na vedação do funcionamento do grupo (...) até que sejam concluídas as investigações dos fatos, desferido o prazo-limite de três meses”, concluiu o magistrado.

Agredido segue hospitalizado


Marcelo Silveira Machado segue internado no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Segundo informações do HPS, ele segue em estado regular. 


Carmelito Bifano
Correio do Povo

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