Empresa segue investigando paralelamente o
caso/Foto: Ilustração
O inquérito policial
arquivado pela Polícia Civil e a Justiça de Três Passos sobre a morte de
Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, só foi reaberto a pedido do
Ministério Público depois que uma empresa criminalística forense, contratada
pela família da vítima, concluiu que haveria uma terceira pessoa na cena do
crime e que a carta de suicídio teria sido escrita por outra pessoa.
Conforme a Sewell
Investigações e Pericias Criminais, na primeira
etapa, os investigadores começaram a investigar o caso Odilaine Uglione em agosto de 2014. “Assim
como nas fotos a cena do crime fala por si só, desde que vimos a cena do crime de Odilaine Uglione ficou claro que não era um “suicídio”, afirmou a empresa ao Três Passos News.
Ainda conforme a Sewell,
foi feita primeiro a Perícia Balística, a que comprovou cientificamente que o fato reveste todas as características de Homicídio
Premeditado. Posteriormente, foi realizada
uma Perícia Grafológica que determinou que a autora da escrita apresentava
sintomas de eurofia, alegria e satisfação, indicando que a mesma se beneficiaria
positivamente de alguma forma com o resultado.
Segundo a Sewell, logo após foi
realizado um exame Grafotécnico confirmando que a escrita não
corresponde ao punho e letra da vítima. Consecutivamente,um perito com 30 anos de experiência no TJ do Rio Grande do Sul determinou que a escrita da carta correspondia à secretária do médico
Leandro Boldrini.Juntadas
todas as informações científicas, foi
efetuado uma Análise Criminal que determinou
toda a dinâmica dos fatos.
Ainda segundo a Sewell,
na segunda etapa da
investigação foi determinada pela diretoria da empresa o envio de dois agentes à cidade de Três Passos com a missão de efetuar novos levantamentos, procurar novas testemunhas
e obter novas provas que pudessem reforçar a
investigação realizada pela Polícia Civil, logrando identificar
os seguintes fatos: Detetive particular, Boletim de Ocorrência realizado pela
vítima dias antes de sua morte, Possível
tentativa de homicídio frustrado e Compra
da casa e reforma efetuada pela secretária.
De acordo com a Sewell,
ainda seus
profissionais estão com três novas
informações que serão confirmadas e se as mesmas forem provadas serão entregues
ao advogado da família da Odilaine para que o mesmo coloque em
conhecimento do delegado encarregado das investigações.
O inquérito policial sobre a morte de
Odilaine Uglione foi reaberto a pedido do Ministério Público no dia 21 de maio
e está sob a responsabilidade do delegado Marcelo Lech, de Santa Rosa, que já
ganhou um novo prazo de 30 dias para concluir as investigações. O caso vem
sendo acompanhado, paralelamente, pela Sewell Investigações e Perícias, que
apontou através de perícias que a morte da mãe do menino Bernardo teria sido um
suicídio forjado.
Entenda o Caso Odilaine
Conforme a polícia, Odilaine teria
cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini,
no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta
que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família Uglione alega
que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as
principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de
Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima;
lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que
era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada
pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria
um fato novo.
Entenda o Caso Bernardo
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos,
desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do
menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco
plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro
Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como
Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, também foi
preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados
e deverão ir a julgamento.
Fonte:
Três Passos News
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