quinta-feira, 9 de julho de 2015

Caso Cláudia Hartleben: três meses sem notícias

Desaparecimento de professora da UFPel completa três meses

   Cláudia Hartleben é professora homenageada da turma de Biotecnologia da UFPel (Foto: Divulgação DP)

Há três meses a Polícia Civil busca por suspeitos, pistas e provas que possam indicar o paradeiro da professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Cláudia Hartleben. A família e os amigos da docente, no entanto, buscam por respostas para uma única pergunta: Por quê? Questionamento que multiplica com o passar do tempo. A professora de 47 anos está sumida desde a noite do dia 9 de abril. Naquele dia, Cláudia chegou em casa por volta das 23h quando fez o último contato com a família.

Em depoimento à Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, uma testemunha disse ter visto Cláudia dentro de um carro, em uma estrada do interior, um dia após o seu desaparecimento. Segundo a testemunha, a professora estaria acompanhada de dois homens. Um dos supostos acompanhantes teve seu retrato falado divulgado na semana passada pela polícia. No entanto, até o momento ele ainda não foi identificado pela polícia. Ainda na semana passada, o juiz da 1ª Vara Criminal de Pelotas, Paulo Ivan Medeiros, decretou sigilo absoluto no inquérito policial que apura o desaparecimento de Cláudia Hartleben.

Após 45 dias, o Ministério Público de Pelotas (MP) recebeu do Instituto Geral de Perícias (IGP) o resultado de três das cinco perícias solicitadas pela Polícia Civil sobre o desaparecimento da docente. O conteúdo, no entanto, não foi divulgado por se tratar de assuntos sigilosos. Apesar disso, o promotor responsável pelo caso, José Olavo Passos, informou que os resultados ajudaram nas investigações que seguem em frente. Até agora, ninguém foi indiciado.

Nesses 90 dias a DHD assistiu a mais de 85 horas de imagens de cinco câmeras de segurança do entorno da casa da professora. Foram ouvidas mais de 30 pessoas e a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão: quatro em Pelotas e um em Piratini.

Sem prazo para o fim das investigações, a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos continua em busca de Cláudia. Familiares e amigos oferecem recompensa de R$ 10 mil a quem contribuir com informações à Polícia Civil.


Por: Giulliane Viêgas
DIÁRIO POPULAR | Pelotas

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