quarta-feira, 1 de julho de 2015

Bancada gaúcha se divide em votação da redução da maioridade penal

Catorze parlamentares votaram a favor, enquanto 17 foram contrários à proposta

Bancada gaúcha se divide em votação da redução da maioridade penal | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP
   Bancada gaúcha se divide em votação da redução da maioridade penal
   Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

Após mais de cinco horas de sessão, o plenário da Câmara dos Deputados não aprovou, na noite dessa quarta-feira, a proposta que reduz a maioridade penal para crimes hediondos. Conforme o texto colocado em votação, a idade imputável para delitos graves cairia de 18 para 16 anos. Dos 303 votos a favor, 14 vieram de deputados gaúchos, enquanto dos 184 votos contrários ao texto, 17 foram dados por parlamentares do Estado, o que mostra uma divisão da bancada. Era necessária a aprovação de 308 políticos da casa para a lei passar. O pleito ainda registrou três abstenções. 

Com as galerias e o próprio plenário muito movimentado devido a manifestações pró e contra a redução, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, encerrou a sessão após a definição, mas convocou sessão extraordinária para a manhã desta quarta-feira, quando deverá ser votado o texto original da PEC, que prevê a redução da maioridade para todos os crimes. 

Nesta terça, os deputados analisaram o relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF), aprovado pela comissão especial que analisou a proposta. O texto determinava a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes).

As galerias da Casa tiveram forte presença de manifestantes, favoráveis e contrários à redução da maioridade penal. No momento do anúncio da não-aprovação, o barulho tomou conta da sessão dividido entre fortes vaias, seguidas de comemorações.

Votação da bancada gaúcha 

A favor 

Afonso Hamm (PP)
Alceu Moreira (PMDB)
Carlos Gomes (PRB)
Covatti Filho (PP)
Danrlei de Deus Hinterholz (PSD)
Jerônimo Goergen (PP)
José Otávio Germano (PP)
Luis Carlos Heinze (PP)
Mauro Pereira (PMDB)
Nelson Marchezan Junior (PSDB)
Onyx Lorenzoni (DEM)
Renato Molling (PP)
Ronaldo Nogueira (PTB)
Sérgio Moraes (PTB)

Contra 

Afonso Motta (PDT) 
Bohn Gass (PT)
Darcísio Perondi (PMDB) 
Fernando Marroni (PT) 
Giovani Cherini (PDT)
Heitor Schuch (PSB)
Henrique Fontana (PT)
João Derly (PCdoB)
José Fogaça (PMDB) 
Jose Stédile (PSB) 
Luiz Carlos Busato (PTB)
Marco Maia (PT)
Marcon (PT)
Maria do Rosário (PT) 
Osmar Terra (PMDB) 
Paulo Pimenta (PT) 
Pompeo de Mattos (PDT)


Fonte: Correio do Povo

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