sábado, 27 de junho de 2015

MP pede acareação de testemunhas sobre a morte da mãe de Bernardo


MP pede acareação de testemunhas sobre a morte da mãe de Bernardo
   Caso foi desarquivado em maio/Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

O Ministério Público de Três Passos solicitou, em razão da contradição em seus depoimentos, a acareação entre as testemunhas Rogério Luís da Silva e Arnaldo Hergssel, o “Boca”, sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini. As informações são do Grupo Bandeirantes.

A reabertura das investigações sobre a morte da mãe do menino foi pedida pelo Ministério Público depois que o IGP atestou que a carta de suicídio supostamente atribuída à Odilaine foi forjada, o que fez com que o inquérito fosse reaberto. O inquérito policial é conduzido por um novo delegado, Marcelo Mendes Lech, da Delegacia de Polícia de Santa Rosa.

Ainda por solicitação do MP, deverão ser ouvidas mais seis pessoas que estavam no consultório na data da morte de Odilaine: Olira Wantz, Atalíbio Schwabe e um dos filhos de Elemar Roque Follman. O sargento Silveira, o soldado Gomes e o tenente Mauro, que ajudaram no socorro da vítima, no que diz respeito à localização do corpo e da arma de fogo, também deverão ser ouvidos.

Na bolsa de Odilaine, foram encontrados vários objetos que, de acordo com a defesa da família, foram colocados no seu interior, entre eles, uma carta. A ex-secretária Andressa Wagner é apontada por duas perícias particulares de ser a pessoa que escreveu a suposta carta de suicídio atribuída à Odilaine. Andressa nega ter escrito o documento.

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.

Entenda o Caso Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e deverão ir a julgamento.


Fonte: Três Passos News

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