João Vaccari Neto foi preso em
São Paulo e será levado para Curitiba.
Ele é investigado por suspeita de receber propina em esquema da Petrobras
Ele é investigado por suspeita de receber propina em esquema da Petrobras
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi ouvido na CPI da Petrobras,
na Câmara
dos Deputados, na semana passada
(Foto: Luis
Macedo/Câmara dos Deputados)
O
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira (15) na 12ª
etapa da Operação Lava Jato, de acordo com informações da Polícia Federal, que
realizou a prisão. Ele é investigado por suspeita de receber propina em esquema
de corrupção na Petrobras. O mandado contra Vaccari é de prisão preventiva e
ele foi detido em casa, em São Paulo.
A
polícia prendeu também a cunhada de Vaccari, Marice Correa. O mandado
dela é de prisão temporária. Marice também aparece em investigações sobre
o pagamento de propina no esquema da Petrobras.
Além
da prisão de Vaccari e da cunhada, a PF executa mandado de condução coercitiva
contra a mulher dele, que está sendo ouvida pelos policias em casa. Na condução
coercitiva, a pessoa presta depoimento e é liberada.
Desde
que surgiram as denúncias, no ano passado, Vaccari tem negado a participação
dele e da cunhada no esquema.
O G1 entrou em contato com a assessoria de
imprensa do PT, que informou que o partido ainda não tem um posicionamento
sobre a prisão do tesoureiro.
A
atual fase da Lava Jato, além dos dois mandados de prisão e do de condução
coercitiva, executa um de busca e apreensão, também na cidade de São Paulo.
Todos
os presos serão levados para a superintendência da PF em Curitiba.
Denúncias
Vaccari
já é réu em processo na Justiça Federal do Paraná que investiga as denúncias da
Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina em esquema de corrupção que
atuou dentro da Petrobras.
O
ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela
Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200
milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. As apurações da PF
apontam que as propinas eram pagas por empreiteiras que firmavam contratos com
a petroleira.
O
tesoureiro também aparece em depoimentos de outro delator da Lava Jato, o
doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da propina. Ele disse
que chegou a enviar um funcionário para a frente da sede do PT em São
Paulo com R$ 400 mil para serem entregues a Vaccari.
CPI
Na
semana passada, Vaccari deu depoimento à CPI da
Petrobras, na Câmara. Em uma sessão longa, negou que tivesse
participação no esquema.
Indagado
sobre as acusações feitas por Barusco e Youssef, o tesoureiro do PT repetiu
reiteradas vezes que os termos dos depoimentos de delação premiada dos dois
delatores "não são verdadeiros".
A
insistência nessa resposta gerou irritação em alguns integrantes da comissão.
O
depoimento de Vaccari na CPI também ficou marcado por um protesto em que um
funcionário da Câmara soltou roedores na sala, causando tumulto.
Quando
questionado sobre se sua cunhada Marice Correa Lima recebeu R$ 110 mil de
Youssef, como o doleiro declarou à Polícia Federal, Vaccari continuou
insistindo que os termos das delações não são verdadeiros e que a relação com a
cunhada é estreitamente "familiar".
Fonte:
Do G1, em Brasília, e do G1 PR
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