sexta-feira, 10 de abril de 2015

Filantrópicos preparam mobilizações no Estado

Entidades reclamam de cortes de orçamentos do governo do Estado

A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul apresentará na próxima semana um calendário de mobilizações em todo o Estado. O corte de repasses do governo do Estado, se mantido até o final do ano, totaliza mais de R$ 300 milhões. Somente o montante devido, referente aos meses de outubro e novembro do ano passado, alcançam R$ 132,6 milhões. Além disso, o repasse de R$ 25 milhões mensais referente ao cofinanciamento do Estado não está sendo feito.

A primeira mobilização, que deve ter data apresentada na próxima semana, será a realização de um Dia D, quando todos os hospitais filantrópicos do Estado apresentarão nos seus municípios o reflexo do corte do cofinanciamento. Além disso, no mesmo dia, todas as instituições irão paralisar o atendimento eletivo do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em um outro momento os representantes das entidades do interior devem se deslocar até a Capital para se mobilizarem no Palácio Piratini. Caso as ações não gerem um resultado, uma nova assembleia será feita. “Nessa ocasião, se não tivermos uma resposta a tudo o que foi feito, iremos discutir a possibilidade da rescisão do contrato dos atendimentos eletivos do SUS”, afirmou o novo presidente da federação Francisco Ferrer, empossado nesta sexta-feira, em Porto Alegre.

Para Ferrer, o cofinanciamento tem grande importância e deve ser reivindicado, já que é utilizado para cobrir custos e pagar as despesas dos atendimentos. “É preciso que fique claro que nós só estamos argumentando no momento a respeito do repasse cofinanciamento e não dos valores deste ano”.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES), informou que realizou ontem o pagamento de R$ 72,3 milhões para hospitais filantrópicos e públicos. No entanto, os valores, pagos como forma de incentivo, são referentes às parcelas do mês de março deste ano. A secretaria não comentou as mobilizações previstas, pois não havia sido informada oficialmente da decisão. 

Jézica Bruno
Correio do Povo

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