sexta-feira, 3 de abril de 2015

Condenado à morte é libertado após 30 anos preso nos EUA

Anthony Ray Hinton era acusado de assassinar dois homens em 1985.
Justiça afirmou não ter evidências contra o norte-americano.

Anthony Ray Hinton recebe abraço logo após sair da prisão nesta sexta-feira (3), em Birmingham, no estado do Alabama (Foto: Hal Yeager/AP)
Anthony Ray Hinton recebe abraço logo após sair da prisão nesta sexta-feira (3), em Birmingham, no estado do Alabama (Foto: Hal Yeager/AP)

Um homem que passou quase 30 anos no corredor da morte acusado de roubo e assassinato foi libertado nesta sexta-feira (3) de uma prisão do Alabama, nos Estados Unidos, depois que uma juíza rejeitou as acusações contra ele.

Anthony Ray Hinton era acusado de assassinar dois homens durante roubos a restaurantes em 1985.

A juíza Laura Petro, do tribunal do Condado de Jefferson, rejeitou as acusações contra Hinton depois que seus advogados da Equal Justice Initiative (EJI) demonstraram que não havia evidências suficientes para vinculá-lo aos crimes.

"Estamos felizes de que Hinton finalmente seja libertado, porque passou desnecessariamente muitos anos no corredor da morte do Alabama quando a evidência a favor de sua inocência era tão clara", disse seu principal advogado, Bryan Stevenson.

Anthony se emocionou depois que foi libertado da prisão  (Foto: Hal Yeager/AP) 
   Anthony se emocionou depois que foi libertado da prisão (Foto: Hal Yeager/AP)

Hinton, que tinha 29 anos no momento do crime, é um dos prisioneiros que passou mais tempo no corredor da morte na história do Alabama e também que passou mais tempo preso injustamente, segundo o EJI.

Ele foi acusado depois que os gerentes de dois restaurantes foram assassinados a tiros em um roubo a uma rede de fast-food em Birmingham, Alabama.

A polícia não encontrou testemunhas visuais nem impressões digitais do acusado, de acordo com sua defesa.

No mesmo ano, ocorreu um episódio similar em outro restaurante, cujo gerente ficou gravemente ferido.

Esta vítima identificou Hinton como o suspeito, embora ele tenha argumentado que estava trabalhando naquela hora, a 24 km do local.

Análise da arma descartou crime
 
A polícia confiscou uma pistola que pertencia à mãe de Hinton e a vinculou aos três crimes. Anos depois, especialistas forenses, incluindo um ex-agente do FBI, examinaram a arma confiscada e concluíram que não era a utilizada nos crimes.

O advogado de Hinton, que é negro, declarou que ele foi considerado culpado em parte pela cor da sua pele. Durante suas três décadas na prisão, Hinton sempre insistiu em sua

O ex-detento é a pessoa número 152 que sai do corredor da morte desde 1973 e a segunda a ser exonerada neste ano, segundo o Centro de Informação de Penas Capitais.

Da France Presse
G1 | MUNDO

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