Anthony Ray Hinton era
acusado de assassinar dois homens em 1985.
Justiça afirmou
não ter evidências contra o norte-americano.
Anthony Ray Hinton recebe
abraço logo após sair da prisão nesta sexta-feira (3), em Birmingham, no estado
do Alabama (Foto: Hal Yeager/AP)
Um
homem que passou quase 30 anos no corredor da morte acusado de roubo e
assassinato foi libertado nesta sexta-feira (3) de uma prisão do Alabama, nos Estados Unidos,
depois que uma juíza rejeitou as acusações contra ele.
Anthony
Ray Hinton era acusado de assassinar dois homens durante roubos a restaurantes
em 1985.
A
juíza Laura Petro, do tribunal do Condado de Jefferson, rejeitou as acusações
contra Hinton depois que seus advogados da Equal Justice Initiative (EJI)
demonstraram que não havia evidências suficientes para vinculá-lo aos crimes.
"Estamos
felizes de que Hinton finalmente seja libertado, porque passou
desnecessariamente muitos anos no corredor da morte do Alabama quando a
evidência a favor de sua inocência era tão clara", disse seu principal
advogado, Bryan Stevenson.
Anthony se emocionou depois
que foi libertado da prisão (Foto: Hal Yeager/AP)
Hinton,
que tinha 29 anos no momento do crime, é um dos prisioneiros que passou mais
tempo no corredor da morte na história do Alabama e também que passou mais
tempo preso injustamente, segundo o EJI.
Ele
foi acusado depois que os gerentes de dois restaurantes foram assassinados a
tiros em um roubo a uma rede de fast-food em Birmingham, Alabama.
A
polícia não encontrou testemunhas visuais nem impressões digitais do acusado,
de acordo com sua defesa.
No
mesmo ano, ocorreu um episódio similar em outro restaurante, cujo gerente ficou
gravemente ferido.
Esta
vítima identificou Hinton como o suspeito, embora ele tenha argumentado que
estava trabalhando naquela hora, a 24 km do local.
Análise
da arma descartou crime
A
polícia confiscou uma pistola que pertencia à mãe de Hinton e a vinculou aos
três crimes. Anos depois, especialistas forenses, incluindo um ex-agente do
FBI, examinaram a arma confiscada e concluíram que não era a utilizada nos
crimes.
O
advogado de Hinton, que é negro, declarou que ele foi considerado culpado em
parte pela cor da sua pele. Durante suas três décadas na prisão, Hinton sempre
insistiu em sua
O
ex-detento é a pessoa número 152 que sai do corredor da morte desde 1973 e a
segunda a ser exonerada neste ano, segundo o Centro de Informação de Penas
Capitais.
Da France Presse
G1 | MUNDO
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