segunda-feira, 2 de março de 2015

Representante do Comando dos Transportes promete buzinaço em Brasília

Ivair Luiz Schmitt destacou que Leio do Caminhoneiro não tem impacto para categoria

Um dos representantes do Comando Nacional dos Transportes, Ivair Luiz Schmitt, confirmou nesta segunda-feira que o movimento dos caminhoneiros quer realizar entre hoje e amanhã um grande buzinaço em Brasília. Em entrevista à Rádio Guaíba, Schmitt deixou claro que a intenção da categoria é chamar a atenção para que governo reinicie as negociações das reivindicações dos motoristas. 

"Estão seguindo para Brasília diversos comboios de caminhões. Tudo isso será feito pacificamente e a nossa intenção é chamar intenção do governo. Não temos ideia de quantos veículos poderemos reunir, mas temos comboios de 10, 20 e 100 caminhões", disse Schmitt. 

De acordo com Ivair Schmitt, há 96 pontos bloqueados no País, a maioria está centralizado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Ceará. "Até já temos a informação de que alguns comboios que estão indo para Brasília foram parados pela polícia. Quem está vindo, está com o ânimo mais acirrado, no sentido de participar do movimento e acreditar que ele pode derrubar a presidente. No entanto, esta não é a nossa intenção do nosso protesto. Nós estamos aqui pela nossa causa", resumiu. 

Lei sem impacto 

A presidente Dilma Rousseff está prestes a 
sancionar a Lei do Caminhoneiro que, na avaliação de Schmitt não causará impacto na vida do motorista. "Esta lei não muda nada para nós. A margem de lucro continua sendo zero. É indiferente trabalhar uma, duas horas ou 24 horas. O lucro é zero. Estamos falando da margem de lucro operacional. Temos prejuízo no frete de retorno e entendemos que os valores precisam ser equilibrados para que a gente possa manter as nossas famílias e nossos caminhões", destacou Schmitt. "Precisamos de algo que cause impacto maior", acrescentou. 

Conforme o representante do Comando Nacional dos Transportes, os caminhoneiros deveriam receber um reajuste de 50%, valor considerado ideal. "Não sei se isso teria um grande impacto na economia porque existe um paralelo com as grandes empresas. O frete deles é constantemente reajustados, conforme as variações, e isso não é repassado para nós. Eles absorvem cada vez mais lucros", explicou. 

Correio do Povo e Rádio Guaíba
Atualização: 10:10

Nenhum comentário:

Postar um comentário