O que é a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um anticoncepcional emergencial para ser
tomado logo após a realização de uma relação sexual desprotegida, quando uma
possível gravidez não é desejada.
Há dois tipos: um para ser tomado em dose única e outro fracionado em
dois comprimidos.
Quanto mais cedo forem tomados, após a relação sexual, maior a eficácia
anticonceptiva.
Ela é uma verdadeira bomba hormonal no corpo da mulher, um método de
emergência que só deve ser usado em casos extremos.
A pílula do dia seguinte é constituída por levonorgestrel, um tipo de
progesterona sintética, um hormônio concentrado que equivale a cerca de dez
comprimidos de anticoncepcional comum!
Quando usar a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte deve ser usada quando o método anticoncepcional
habitual falha, ou quando a mulher houver se esquecido de tomar a pílula
convencional e só se lembra no momento do coito ou após ele.
Ela também é amplamente utilizada em casos de estupro, para evitar uma
gravidez. Essa pílula tem diminuído em mais de 50% a taxa de gravidez
indesejada e evitado muitos abortamentos.
A pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rapidamente possível após
a relação sexual, mas a mulher pode tomá-la até 72 horas depois, na dose de
dois comprimidos com intervalo de 12 horas ou ambos de uma só vez.
Quando não usar a pílula do dia seguinte?
A mulher não deve fazer do uso da pílula do dia seguinte um hábito e não
deve tomá-la mais de uma vez por mês, porque ela perde eficácia e porque as
altas taxas de componentes hormonais que ela contém podem causar reações
colaterais como náuseas, diarreia, alterações do ciclo menstrual, dor de cabeça
dentre outros.
Usada repetidamente ela não perde totalmente o efeito, mas o risco de
engravidar aumenta.
A pílula do dia seguinte não é um método anticonceptivo rotineiro e mesmo
esporadicamente não deve ser usado por mulheres com insuficiência hepática,
tromboembolismo venoso, hipertensas ou que tenham obesidade mórbida.
Por que a pílula do dia seguinte funciona como anticonceptivo?
A pílula do dia seguinte tem por objetivo bloquear ou retardar a ovulação
e dificultar a fertilização e a gravidez. Ela também impede a formação do
endométrio gravídico, local em que o óvulo se alojaria.
Mesmo tomando a pílula é possível engravidar. Como com todo método
contraceptivo, há riscos de falhar. Como já foi dito, quanto mais cedo a pílula
for tomada, maior será a sua eficácia.
Ao utilizá-la, a mulher não estará protegida até a chegada da próxima
menstruação porque ela só vale com respeito à relação acontecida antes de tomar
a pílula.
Em resumo, conforme a fase do ciclo menstrual em que a mulher se
encontre, a pílula do dia seguinte pode impedir a liberação do ovócito, alterar
a secreção vaginal, tornando o ambiente vaginal hostil aos espermatozoides e
alterar a parede interna do útero, impedindo a fixação do ovócito que já tenha
sido fecundado.
Quais são as complicações possíveis da pílula do dia seguinte?
No curto prazo, a pílula do dia seguinte causa uma desregulação hormonal
da mulher, a qual só se normalizará a partir do ciclo menstrual seguinte.
Assim, a previsão da próxima menstruação e do período fértil fica
prejudicada, aumentando as chances de uma possível futura gravidez.
Caso ocorra uma gestação ectópica, um dos riscos da pílula do dia
seguinte, a mulher poderá perder uma trompa e isso dificultará uma futura
gestação desejada.
O ideal é fazer o uso da pílula do dia seguinte apenas com orientação
médica, ou seja, não tomar medicamentos por conta própria.
Fonte Luiz Pegoraro
Postado por ROGÉRIO MACHADO
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