STF autorizou a
abertura de inquérito para investigar 47 políticos.
Ministro também revogou sigilo da investigação.
Ministro também revogou sigilo da investigação.
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito para investigar 47
políticos citados
em delações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema
de corrupção na Petrobras.
Na lista
divulgada pelo Supremo estão
12 senadores e 22 deputados.
Veja
o que dizem os citados e a repercussão nos partidos:
–
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), disse, por meio de nota, que dará
"todas as explicações à luz do dia" e que prestará "as
informações que a Justiça desejar". "Minhas relações junto ao poder
público nunca ultrapassaram os limites institucionais. Jamais mandei,
credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em
meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas
oportunidades."
–
No Twitter, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), afirmou que há "absurdos" contra ele e que o pedido de
Rodrigo Janot é uma "piada" e a lista, "indecente". O
deputado afirmou também que não há problemas em ser investigado.
–
A senadora e ex-ministra Gleisi
Hoffmann (PT-PR) disse
ter ficado "triste", mas "tranquila" com a decisão. "A
investigação é oportunidade de esclarecimento dos fatos e espero que seja a
forma de acabar com o julgamento antecipado. Não conheço e jamais mantive
contato com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef."
–
A defesa do senador e ex-ministro Edison
Lobão (PMDB) informou
que não vai se manifestar porque ainda não tem conhecimento do que há contra o
parlamentar.
–
A ex-governadora do Maranhão Roseana
Sarney (PMDB) disse
ter ficado "perplexa" com a decisão e negou ter ligação com qualquer
assunto relacionado às investigações da Operação Lava Jato que envolvem a
Petrobras.
–
Em nota, o senador e ex-ministro Humberto
Costa (PT-PE) disse
que soube da decisão com "surpresa" e "indignação". O
parlamentar afirmou ainda não ter conhecimento de quaisquer fatos que possam
ser atribuídos a ele e ressaltou "a lisura de sua conduta e de sua vida
pública". Na nota, Costa disse que há quatro meses deixou à disposição do
STF, do Ministério Público e do Senado os sigilos bancário, fiscal e
telefônico. "Aberto o inquérito pelo STF, e diante da injusta exposição a
que ficará submetido, espero celeridade do processo e confio no seu consequente
arquivamento."
–
As assessorias do senador Romero Jucá
(PMDB) e do
deputado Eduardo da
Fonte (PP) informaram que os parlamentares só se pronunciarão
após terem acesso ao conteúdo dos processos.
–
Por meio da assessoria de imprensa, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira,
informou que só irá se posicionar quando tomar conhecimento oficial dos autos
do processo. Ele disse estar “tranquilo” e afirmou que confia no trabalho da
Justiça.
–
O senador Benedito de
Lira (PP) disse
ter ficado “surpreso” com a decisão, que não sabe o conteúdo das denúncias
contra e que está “tranquilo”.
–
A assessoria do senador Antônio
Anastasia (PSDB) informou
que ele não comentará o assunto enquanto o seu advogado, Maurício Campos, não
tomar conhecimento do teor do processo.
–
O deputado Sandes
Júnior (PP-GO) disse,
em nota, estar "surpreso" e "estarrecido" com a decisão do
ministro Teori Zavascki. “Repudio qualquer ato de corrupção. [...] Não conheço
nem mesmo tenho qualquer contato com o doleiro Alberto Youssef muito menos com
o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa", disse.
–
Em nota, o deputado Luiz
Fernando Faria (PP-MG) disse
contestar "veementemente" as "insinuações" de que ele teria
participa do esquema investigado na Lava Jato. "Esclarece nunca ter
recebido valores ilícitos de quem quer que seja e que sempre pautou sua longa e
imaculada vida pública por princípios e limites éticos e somente irá se
manifestar, após conhecimento dos pretensos fatos alegados."
–
O advogado do deputado Waldir
Maranhão (PP-MA), Michel Saliba, disse não ter tido acesso aos
autos do processo do STF, pois ainda não houve a digitalização dos documentos.
"Não sabemos do que se trata e, como advogado, é muito difícil fazer uma
afirmação agora."
–
Também responsável pela defesa do ex-deputado João
Pizzolatti (PP-SC), Michel Saliba disse que na próxima
segunda-feira (9) deverá terá acesso aos autos do processo do cliente.
–
Na Espanha, o deputado Jerônimo
Goergen (PP-RS) negou
envolvimento no esquema investigado na Lava Jato e disse estar
"surpreso" com a decisão. Afirmou ainda que a divulgação da decisão
repercutiu negativamente na família dele e que retornará ao Brasil.
–
Em nota, o deputado José Otávio
Germano (PP) disse
ter ficado "surpreendido" com a decisão. "Rechaço e lamento, de
forma veemente, a inclusão de meu nome no rol de parlamentares relacionados a
esta investigação, mas asseguro à sociedade brasileira, e em especial aos
cidadãos gaúchos, que não tenho absolutamente nada a ver com quaisquer ilícitos
relativos a Petrobras."
–
O deputado Renato
Molling (PP-RS) afirmou
que nunca recebeu nenhuma quantia ilegal, mas não garante que as quantias que
foram fornecidas para financiamento da campanha política, pelo PP, foram por
meios totalmente legais. Ele se diz "tranquilo" em relação às
investigações, pois afirma que não está envolvido em nada relacionado ao
esquema de corrupção na Petrobras.
–
O deputado Vilson
Covatti (PP-RS) afirmou
estar "surpreso, com indignação e revoltado" com a decisão do
ministro Teori Zavascki. "Nunca tive nenhuma reunião e nenhum envolvimento
e nunca recebi um centavo de ninguém", afirmou.
–
O deputado Vander
Loubet (PT-MS) disse
ser inocente e garantiu não ter relação com os fatos investigados na Operação
Lava Jato. O parlamentar afirmou também que não irá se pronunciar com mais detalhes
por não ter tido acesso aos autos do processo no STF. Ele ressaltou estar à
disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.
–
Em nota, o deputado Simão
Sessim (PP) disse
ter ficado “surpreso” com a decisão do ministro Teori Zavascki. “Constituirei
um advogado para acompanhar o processo, com a consciência tranquila, de um
homem público que, ao longo dos seus mais de 40 anos de vida pública, nunca
teve o seu nome envolvido com irregularidades de qualquer tipo.”
–
Ex-ministro e deputado Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB) disse
estar "tranquilo", e ressaltou que só se pronunciará quando tiver
conhecimento sobre o teor dos documentos.
–
O ex-deputado Pedro
Corrêa cumpre
sentença no presídio de Canhotinho (PE) por ter sido condenado no processo do
Mensalão. O advogado dele, Marcelo Leal, disse que ainda não conversou com o
cliente sobre o assunto e, portanto, não tem como se manifestar.
–
O ex-deputado Carlos
Magno (PP-RO) disse
desconhecer os envolvidos na Operação Lava Jato e estar “surpreso” com a
decisão. Segundo ele, as doações recebidas pelo diretório estadual da legenda
são legais e declaradas à Justiça.
– Por meio de nota, o senador Valdir Raupp informou que “aguarda com serenidade a divulgação dos motivos que levaram seu nome a figurar na referida lista”. “Com tranquilidade e respeito às leis, acompanhará às diligências, absolutamente seguro de que, ao final, as provas conduzirão à verdade dos fatos”, diz a nota.
– Por meio de nota, o senador Valdir Raupp informou que “aguarda com serenidade a divulgação dos motivos que levaram seu nome a figurar na referida lista”. “Com tranquilidade e respeito às leis, acompanhará às diligências, absolutamente seguro de que, ao final, as provas conduzirão à verdade dos fatos”, diz a nota.
–
O PT divulgou nota na qual afirmou que
apoia as investigações e que todas as doações que o partido recebeu são legais.
"O partido reafirma ainda sua convicção, manifestada publicamente em
seguidas reuniões do Diretório Nacional, de que todos os acusados devem ter
direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal", diz
a nota.
–
Em nota, o PSDB disse ter recebido a divulgação da
lista pelo STF com “serenidade”. O presidente da legenda, senador Aécio Neves,
afirmou que a análise dos fatos investigados é “imprescindível” e que o partido
tomará as medidas necessárias em relação aos nomes divulgados.
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O presidente nacional do PPS,
Roberto Freire, divulgou nota na qual afirmou que o partido analisará quais
medidas tomará com relação aos políticos que passarão a ser investigados pelo
Supremo Tribunal Federal.
–
O Partido Progressista (PP) divulgou nota na qual disse não
compactuar com atos ilícitos e que confia na apuração da Justiça, “para que a
verdade prevaleça nas investigações da Operação Lava Jato.”
–
O PP-RS divulgou nota na qual afirmou
acompanhar com "entusiasmo" os desdobramentos da Operação Lava Jato.
"Enfrentar a corrupção não é apenas um princípio partidário é um dever
cívico. [...] Lamentavelmente não é o que ocorre com o atual Governo Federal,
nem no plano da moralidade, nem no plano da eficiência dos serviços
públicos".
O G1 procurou os seguintes políticos, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia conseguido contato com: os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL); os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Arthur Lira (PP-AL), Dilceu Sperafico (PP-PR), Afonso Hamm (PP-RS), Roberto Britto (PP-BA), Mário Negromonte (PP-BA), José Mentor (PT-SP), Anibal Gomes (PMDB-CE), Missionário José Olímpio (PP-SP), Lázaro Botelho (PP-TO), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Roberto Balestra (PP-GO); e os ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Aline Corrêa (PP-SP), Roberto Teixeira (PP-PE), Luiz Argôlo (ex-PP-BA), José Linhares (PP-CE), Pedro Henry (PP-MT) e João Leão (PP-BA), atual vice-governador da Bahia.
O G1 procurou os seguintes políticos, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia conseguido contato com: os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL); os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Arthur Lira (PP-AL), Dilceu Sperafico (PP-PR), Afonso Hamm (PP-RS), Roberto Britto (PP-BA), Mário Negromonte (PP-BA), José Mentor (PT-SP), Anibal Gomes (PMDB-CE), Missionário José Olímpio (PP-SP), Lázaro Botelho (PP-TO), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Roberto Balestra (PP-GO); e os ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Aline Corrêa (PP-SP), Roberto Teixeira (PP-PE), Luiz Argôlo (ex-PP-BA), José Linhares (PP-CE), Pedro Henry (PP-MT) e João Leão (PP-BA), atual vice-governador da Bahia.
Do G1, em São Paulo
Atualizado em 07/03/2015
08h12
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