quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Filho de Eike Batista é absolvido por atropelar e matar homem, em 2012

Ministério Público ainda pode recorrer da decisão

Filho de Eike Batista é absolvido por atropelar e matar rapaz em 2012  | Foto: Pablo Jacob / AG / CP Memória
   Filho de Eike Batista é absolvido por atropelar e matar rapaz em 2012 | Foto: Pablo Jacob / AG / CP Memória

Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi absolvido na tarde desta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) no processo em que é acusado pela morte do ajudante de caminhoneiro Wanderson dos Santos, de 30 anos, num acidente ocorrido na noite de 17 de março de 2012, numa rodovia que liga o Rio a Petrópolis. O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão. 

Em junho de 2013 ele havia sido condenado pela juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, a pagar R$ 1 milhão a entidades assistenciais, prestar serviços comunitários durante dois anos e não dirigir automóvel nesse período. A defesa, representada pelos advogados Ary Bergher e Raphael Mattos, recorreu da sentença e o caso foi julgado nesta quinta-feira pela 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ. O relator do recurso votou pela manutenção da condenação, mas os outros dois magistrados defenderam a absolvição de Thor, o que prevaleceu, portanto, por 2 votos a 1. 

O acidente ocorreu quando Thor voltava de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, com um amigo, dirigindo um carro Mercedes-Benz SLR McLaren prata. Ele seguia pela rodovia Washington Luís (BR 040) quando, na altura de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atingiu Wanderson, que tentava cruzar a pista de bicicleta. Ele morreu na hora. Um laudo pericial concluiu que Thor trafegava acima da velocidade permitida para o local, que é de 110 km/h. 

No entanto, um segundo exame concluiu que o filho de Eike corria menos que isso. Com base nesse segundo laudo, Thor foi absolvido. "Foi feita justiça", afirmou Ary Bergher, que dedicou o resultado ao ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que era colega de Ary neste processo e morreu em novembro passado.

Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo

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