sábado, 19 de outubro de 2013

Promotor irá a São Paulo investigar desaparecimento de idosa gaúcha

Ministério Público quer fazer reconstituição dos últimos passos da mulher.
Beatriz Winck desapareceu durante visita a santuário há quase um ano.

Idosa de Portão desapareceu durante visita ao Santuário de Aparecida (Foto: Reprodução/RBS)
   Beatriz e Delmar são casados há 58 anos (Foto: Reprodução/RBS TV)

O caso da idosa gaúcha que desapareceu durante uma visita ao Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, completa um ano nesta segunda-feira (21). Cercado de mistérios, o paradeiro de Beatriz Winck, de 78 anos, ainda não foi desvendado. O Ministério Público do Rio Grande do Sul, que assumiu as investigações em julho deste ano, acredita que ela ainda esteja viva. Por isso, o promotor Pietro Chidichimo Júnior vai a São Paulo no fim de outubro para juntar novos depoimentos e fazer uma reconstituição dos últimos passos da mulher.

“Tudo aquilo que está no entorno deste fato e que aconteceu em Aparecida em outubro do ano passado é considerado prova. Então, exatamente em busca disso é que estamos traçando a linha de investigação. Para que se busque uma razão, um motivo e que a gente tenha algo lógico no sentido de que possamos entender como uma pessoa que está num local totalmente povoado consegue sumir como se fosse fumaça”, diz o promotor.

Pietro descarta as primeiras hipóteses levantadas para o caso, como a de que Beatriz tenha embarcado em um ônibus errado. Para ele, a linha de raciocínio é clara. “Eu ainda trabalho com a ideia de que ela esteja viva. Se ela estiver com alguma pessoa, ela está com alguém conhecido. Isso faz sentido”, ressalta.

A família de Beatriz, que é de Portão, na Região do Vale do Sinos, já recebeu possíveis pistas sobre o paradeiro da idosa. Fotos de senhoras semelhantes foram encontradas em outros estados. Nada se confirmou até agora. Parentes já distribuíram cartazes, percorreram a região de Aparecida visitando hospitais, asilos, albergues, tudo sem sucesso. Dois filhos dela seguem na cidade paulista fazendo uma investigação paralela para conseguir provar que a mãe foi sequestrada.

Quebra de sigilo telefônico
 
Os familiares também já receberam inúmeras ligações anônimas, sempre com o mesmo perfil. Uma pessoa liga e quando a chamada é atendida, ninguém fala do outro lado da linha. O MP conseguiu a quebra do sigilo telefônico e identificou que o proprietário do número responsável é de Aparecida do Norte.

O marido de Beatriz guarda todos os documentos relacionados ao desaparecimento da esposa. Delmar Winck, de 82 anos, reforça a hipótese de que ela esteja viva e nutre a esperança de um dia reencontrá-la. "Temos certeza de que vamos encontrar porque eu não vejo outro motivo para não encontrá-la", diz.

Juntos há 58 anos, o casal passava pela segunda vez por Aparecida do Norte na tarde do dia 21 de outubro de 2012. Após visita à Basílica, eles fizeram compras em uma casa de velas. Delmar foi ao caixa pagar a conta e Beatriz ficou aguardando no lado de fora. Em poucos minutos, ela desapareceu.

"Andei bastante por ali e uma conhecida nossa nos perguntou se eu tinha visto a Beatriz. Ela tinha dito que ia para casa. Aí eu saí voando e fui em direção ao hotel que é logo na saída da Basílica. Quando cheguei na portaria me informaram que ninguém tinha passado por lá", recorda Delmar.

Fonte: Do G1 RS

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