Ministério Público quer fazer
reconstituição dos últimos passos da mulher.
Beatriz Winck
desapareceu durante visita a santuário há quase um ano.
Beatriz e Delmar são casados
há 58 anos (Foto: Reprodução/RBS TV)
O caso da idosa gaúcha que desapareceu
durante uma visita ao Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, completa um ano nesta segunda-feira (21).
Cercado de mistérios, o paradeiro de Beatriz Winck, de 78 anos, ainda não foi
desvendado. O Ministério Público do Rio Grande do Sul, que assumiu
as investigações em julho deste ano, acredita que ela ainda esteja viva. Por
isso, o promotor Pietro Chidichimo Júnior vai a São Paulo no fim de outubro
para juntar novos depoimentos e fazer uma reconstituição dos últimos passos da
mulher.
“Tudo aquilo que está no entorno deste
fato e que aconteceu em Aparecida em outubro do ano passado é considerado
prova. Então, exatamente em busca disso é que estamos traçando a linha de
investigação. Para que se busque uma razão, um motivo e que a gente tenha algo
lógico no sentido de que possamos entender como uma pessoa que está num local
totalmente povoado consegue sumir como se fosse fumaça”, diz o promotor.
Pietro descarta as primeiras hipóteses
levantadas para o caso, como a de que Beatriz tenha embarcado em um ônibus
errado. Para ele, a linha de raciocínio é clara. “Eu ainda trabalho com a ideia
de que ela esteja viva. Se ela estiver com alguma pessoa, ela está com alguém
conhecido. Isso faz sentido”, ressalta.
A família de Beatriz, que é de Portão,
na Região do Vale do Sinos, já recebeu possíveis pistas sobre o paradeiro da
idosa. Fotos de senhoras semelhantes foram encontradas em outros estados. Nada
se confirmou até agora. Parentes já distribuíram cartazes, percorreram a região
de Aparecida visitando hospitais, asilos, albergues, tudo sem sucesso. Dois
filhos dela seguem na cidade paulista fazendo uma investigação paralela para
conseguir provar que a mãe foi sequestrada.
Quebra de sigilo telefônico
Os familiares também já receberam inúmeras
ligações anônimas, sempre com o mesmo perfil. Uma pessoa liga e quando a
chamada é atendida, ninguém fala do outro lado da linha. O MP conseguiu a
quebra do sigilo telefônico e identificou que o proprietário do número
responsável é de Aparecida do Norte.
O marido de Beatriz guarda todos os
documentos relacionados ao desaparecimento da esposa. Delmar Winck, de 82 anos,
reforça a hipótese de que ela esteja viva e nutre a esperança de um dia
reencontrá-la. "Temos certeza de que vamos encontrar porque eu não vejo
outro motivo para não encontrá-la", diz.
Juntos há 58 anos, o casal passava pela
segunda vez por Aparecida do Norte na tarde do dia 21 de outubro de 2012. Após
visita à Basílica, eles fizeram compras em uma casa de velas. Delmar foi ao
caixa pagar a conta e Beatriz ficou aguardando no lado de fora. Em poucos
minutos, ela desapareceu.
"Andei bastante por ali e uma
conhecida nossa nos perguntou se eu tinha visto a Beatriz. Ela tinha dito que
ia para casa. Aí eu saí voando e fui em direção ao hotel que é logo na saída da
Basílica. Quando cheguei na portaria me informaram que ninguém tinha passado
por lá", recorda Delmar.
Fonte:
Do G1 RS
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