Assassinato de
criança comoveu até traficantes, avaliou delegado
O homem que matou o
filho de cinco anos na noite de sábado, morreu vítima de um disparo de
espingarda, revelou nesta segunda-feira o delegado responsável pelo inquérito,
Leonel Baldasso. O titular da delegacia de Esteio, onde ocorreram os crimes,
recebeu a confirmação da perícia. Até então, a informação era de que Valnei
Borges, de 55 anos, havia sido vítima de linchamento.
Os dois presos em flagrante pela morte de Borges estão detidos no Presídio Central e serão indiciados pelo assassinato, mesmo sem testemunhas do crime. Para o policial, há outras provas indicando a autoria. A arma não foi apreendida. Ambos já tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas, revelou Baldasso. Ele disse acreditar que a morte da criança pelo pai comoveu até os comerciantes de drogas.
O delegado ouviu à tarde familiares da criança, mas ninguém apontou quem matou o pai do menino. Para o policial, o fato de os envolvidos serem investigados por tráfico dificulta que haja denúncias contra eles. Os corpos de pai e filho foram sepultados nesse domingo.
A família vivia em uma casa no bairro Santo Inácio. Durante uma discussão, Borges acertou a cabeça do filho com um alteres artesanal feito de concreto, apreendido nesta segunda. A criança morreu no local. Durante a confusão, o homem ainda feriu outros dois filhos, um de oito anos e uma jovem de 15, além de uma vizinha que tentou intervir. No mês de junho, a esposa de Borges solicitou proteção à Justiça invocando a Lei Maria da Penha. O casal, porém, voltou a morar na mesma casa.
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