sexta-feira, 25 de outubro de 2013

De Lajeado, pai carrega cruz a pé rumo à Capital em busca da cura da filha

Alex da Rosa pretende percorrer quase 120 quilômetros em busca de ajuda para Pamily, de nove meses, que possui uma doença degenerativa

De Lajeado, pai carrega cruz a pé rumo à Capital em busca da cura da filha Rodrigo Martini/Jornal A Hora/Divulgação
Cruz feita de madeira pelo próprio pai possui lanternas para ajudar na caminhada noturnaFoto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora / Divulgação

Com apenas uma mochila com roupas, um chinelo sobressalente, água e um celular, um homem de 34 anos carrega uma cruz de madeira nas costas, a pé, rumo a Porto Alegre. Alex da Rosa saiu de Lajeado, nesta quinta-feira, com o objetivo de encontrar, nos 120 quilômetros, ajuda para a filha Pamily, de nove meses, que possui uma doença degenerativa. 

Em Montenegro, na BR-386, rodovia que liga o Vale do Taquari à Capital, o pedreiro, que está impossibilitado de trabalhar por conta de uma cirurgia na mão, contou que recebeu ajuda de diversas pessoas, que lhe cederam um par de tênis, comida e água, além de um lugar para dormir. 

— Um senhor me deu pouso, em Tabaí, porque viu que eu estava com muita dor nos pés e nas costas. Mas levantei cedo e continuei minha busca por uma ajuda divina ou de alguém de bom coração — contou Rosa. 

 
   Foto: Rodrigo Martini/Jornal A Hora/Divulgação

Pamily foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME), a mesma doença da irmã, que morreu há quatro anos quando tinha justamente nove meses de vida. Segundo Rosa, os médicos afirmam que a doença não tem cura nem tratamento, por isso a menina fica em casa, aos cuidados da mãe, Elisabete Maria Rodrigues, de 44 anos. 

— Queria muito ajuda para levar ela pra fora do Brasil, de repente lá alguém tenha uma solução. Ou então uma ajuda de Deus, que opere um milagre — justificou o pai, que reza durante toda a peregrinação. 

A cruz foi feita por ele mesmo e possui duas lanternas, para ajudar na iluminação durante a noite. No entanto, Rosa afirma que a chuva e o frio dificultam a caminhada, mas que não vai desistir.

Ele e a mulher, que está desempregada, vivem com um salário mínimo e o valor do Bolsa Família. O telefone para alguém que queira ajudar é (51) 9943-0174, de Elisabete.

Fonte: Vanessa Kannenberg | ZERO HORA

Nenhum comentário:

Postar um comentário