terça-feira, 15 de outubro de 2013

Após 15 assaltos, comerciante cogita decretar falência em Porto Alegre

BM explica não ter como deixar um policial em tempo integral em frente ao local

   Após 15 assaltos, comerciante cogita decretar falência de loja em Porto Alegre
   Crédito: José Ernesto / CP Memória

Após amargar um prejuízo de R$ 100 mil, resultante de um assalto na madrugada desta terça-feira, o empresário Natanael Frison, de 31 anos, ainda não sabe se vai conseguir reabrir a loja de assistência técnica localizada junto ao Viaduto Otávio Rocha, no Centro de Porto Alegre.

Segundo ele, o local já havia sido arrombado em 11 oportunidades ao longo de cinco anos – até 2012. A média dobrou em 2013, quando ocorreram mais quatro ataques. Para Frison, decretar a falência pode ser a única solução. Descontente com a segurança na região, o comerciante cobrou um policiamento mais atuante da Brigada Militar e também da Guarda Municipal, já que local fica em um espaço tombado pelo patrimônio histórico da Capital.

Frison revela que, em meia década, mais de R$ 150 mil já foram levados da loja, só em equipamentos eletrônicos. Ele explica, porém, que desta vez, não há como devolver o dinheiro aos donos dos computadores, já que a assistência técnica não tinha seguro. O empresário já solicitou as imagens das câmeras de segurança e formalizou o 15º registro de assalto, mas projeta que, assim como nas outras oportunidades, os policiais farão rondas somente no primeiro mês e “depois desaparecerão”. “Não sei o que vou fazer, os clientes vão querer o material e não sei o que vou fazer", lamentou.

O major do 9º Batalhão de Polícia Militar, André Luís Córdova, responsável pelo policiamento na área central, explica que a avenida Borges de Medeiros, onde fica o viaduto, é o principal eixo de deslocamento de viaturas, e sustenta que não pode deixar um policial parado na região, já que há outras partes da cidade também com dificuldades de segurança. “O que todo mundo sonha é um policial perto, mas não posso fazer isso”, afirmou, ao lembrar que as imagens das câmeras de segurança na região são de baixa qualidade.

Fonte: Wagner Machado/Rádio Guaíba

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