quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Antes do atropelamento, jogador da base do Grêmio procurava local para assistir à partida contra o Criciúma

O menino era jogador da categoria sub-13 do Grêmio
Antes do atropelamento, jogador da base do Grêmio procurava local para assistir à partida contra o Criciúma Bruno Alencastro/RBS
Vanusa Drewanz vive o luto da perda do filho atropelado.Foto: Bruno Alencastro / RBS

Vanusa Drewanz, 35 anos, vive dias tortuosos. Pensa o tempo todo no filho Josué, 13 anos, morto na última sexta-feira após resistir por mais de uma semana aos ferimentos causados por um atropelamento no trânsito da Capital. Antes de encontrar a fatalidade, Josué e os amigos atravessavam a avenida Azenha em busca de uma televisão para assistir ao jogo do Grêmio contra o Criciúma, na noite de quarta-feira, 09/10. O menino era jogador da categoria sub-13 do Grêmio e, segundo a mãe, estava realizado: 

— Nas orações, na cama, ele sempre pedia a Deus que o ajudasse a ser um jogador de futebol. Ele era tudo que eu tinha, um menino de ouro. 

O sonho de jogador durou pouco mais de meio ano. Descoberto pelos olheiros do Grêmio em Agudo, na região central do Estado, o rapaz desembarcou no Centro de Treinamento de Eldorado do Sul como um atacante rápido e forte, goleador. 

— Eu gritava Josué, te mexe! Eu não entendia que a função de atacante é esperar as bolas na posição dele. 


Gremista fanático, havia deixado para trás o interior de Paraíso do Sul, onde cresceu e ainda mora a família da mãe. Por aqui, conheceu ídolos como o centroavante Barcos e, se a vida não era cheia de luxos, estava satisfeito com a realidade. Tudo corria bem até a fatalidade o encontrar na Avenida Azenha, na noite do dia 9, quando saiu de casa com amigos para assistir ao Grêmio jogar pela TV. 

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Fonte: Carlos Guilherme Ferreira | ZERO HORA

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