quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Queda no FPM preocupa municípios da AMUCELEIRO


A crise financeira que os municípios estão atravessando, tanto os pequenos quanto os de médio e grande porte, está preocupando seriamente os Administradores Municipais.

Em agosto do corrente ano o prefeito Fortunati de Porto Alegre se manifestou afirmando que o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) caiu 12% nos primeiros sete meses deste ano, em comparação com o ano passado.

A fraca atividade econômica e as seguidas isenções feitas pelo Governo Federal para algumas indústrias estão prejudicando notadamente os pequenos municípios, que têm sua receita baseada significativamente no repasse do FPM.

Não bastassem as perdas com a arrecadação, os municípios enfrentam dificuldades e atrasos nos pagamentos dos convênios firmados com os Governos Federal e Estadual para a realização de investimentos e custeio. Em 2012 acumulavam no orçamento da União sem pagamento, nada menos que R$ 18,2 bilhões de restos a pagar devidos aos Municípios. Como foi mostrado em pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 45,2% dos casos são ações já iniciadas pelas Prefeituras, ou seja, são empenhos realizados pelos Prefeitos já em execução que não podem ser cancelados.

Neste sentido a Associação dos Municípios da Região Celeiro (AMUCELEIRO) e a CNM alertam aos gestores que mantenham prudência na execução das despesas, porque a tendência, historicamente, é que no segundo semestre ocorra uma redução ainda maior dos repasses do FPM em relação ao primeiro. Segundo o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, o índice só volta a se recuperar nos meses de novembro e dezembro.

Para os municípios da Amuceleiro, o FPM representa uma grande parcela no orçamento. Isso acontece porque geralmente as cidades menores têm menos imóveis e praticamente não possuem médias e grandes empresas atuantes, gerando uma arrecadação menor em impostos como o IPTU e ICMS.

Os prefeitos e prefeitas da Região Celeiro, preocupados com esse cenário econômico que exige cautela, já estão diminuindo despesas com alternativas como a adoção de turno único, corte de horas extras, implantação de novos programas e paralisação total de investimentos em suas comunidades.

Para Claudemir Locatelli, prefeito de Vista Gaúcha e presidente da Amuceleiro, os municípios da Região Celeiro estão no sinal vermelho, fato que deixa os gestores extremamente preocupados. “Essa situação precisa ser revertida, estamos impossibilitados de realizar investimentos nos municípios, pois a receita está toda comprometida em atender as obrigações constitucionais nas áreas de educação, saúde, folha de pagamento e custeio para movimentar a máquina administrativa (combustíveis, manutenção, energia elétrica, dentre outros). Enquanto houver uma desigualdade gritante como a atual, na distribuição dos tributos arrecadados, onde o Governo Federal fica com 62%, os Estados com 24%, e os municípios com apenas 14%, não há alternativa possível para superar a crise financeira nos municípios”, concluiu.

Fonte: AMUCELEIRO

Nenhum comentário:

Postar um comentário