terça-feira, 24 de setembro de 2013

Polícia divulga imagens de Monza que teria sido usado na execução de psicólogo em Caxias do Sul

Autores do crimes ainda não foram identificados


Polícia divulga imagens de Monza que teria sido usado na execução de psicólogo em Caxias do Sul Rprodução/Reprodução
Gravação mostra Monza bordô dobrando esquina da Rua Feijó Júnior com a Rua Dr. Augusto Pestana, no bairro São Pelegrino (Foto: Rprodução / Reprodução)

Um Monza bordô duas portas e com películas pode ser o carro usado pelos assassinos do psicólogo Samuel Eggers, 24 anos, em Caxias do Sul. O veículo, possivelmente fabricado entre 1985 e 1990, aparece em imagens de uma câmera de segurança da Unisinos, no bairro São Pelegrino.

O carro foi flagrado dobrando a esquina da Rua Feijó Júnior com a Rua Dr. Augusto Pestana na noite de 12 de setembro, minutos antes do crime. O ponto fica a 100 metros do Mississippi Delta Blues Bar, no Largo da Estação Férrea, onde Samuel confraternizava na companhia de duas amigas.

A gravação foi registrada perto da meia-noite, a três quadras do local do crime. A execução do psicólogo aconteceu por volta das 0h15min de 13 de setembro. Os motivos da morte ainda são mistério.

As câmeras não captaram a placa e não é possível ver quem estava dentro, porque o carro tem películas muito escuras nos vidros. Mas, para os investigadores, o Monza é o mesmo usado pelos assassinos.

A delegada responsável pelo caso, Thaís Norah Sartori Postiglione, diz que as características do veículo são iguais às descritas por testemunhas. A investigação também indica a participação de duas pessoas: o motorista do carro e o atirador.

Imagina-se que os assassinos estavam circulando pelo bairro São Pelegrino antes do crime. A polícia, porém, não conseguiu estabelecer se eles procuravam pelo psicólogo.
 
Segundo depoimentos, Samuel permaneceu no bar até por volta da meia-noite, quando saiu a pé na companhia de duas amigas.

O trio caminhou cerca de 500 metros até um prédio na Rua Henrique, no bairro Rio Branco. As amigas da vítima relataram não terem visto nada de anormal no trajeto. Por esse motivo, a polícia não tem como confirmar se o grupo foi seguido. Assim que deixou as amigas em um prédio, Samuel foi abordado pelos ocupantes do Monza.

Conforme Thaís, o carro estava na Rua Tronca e subiu a Henrique Dias em alta velocidade. No final da quadra, o veículo fez o retorno e parou diante do psicólogo. Supostamente, o caroneiro disparou quatro vezes, sendo que duas balas atingiram Samuel. Em seguida, os criminosos retornaram à Tronca e fugiram pela Rua Olavo Bilac.

— A arma do crime provavelmente é um revólver, pois não encontramos cápsulas deflagradas na rua, como é o caso de disparos feitos com pistolas — diz a delegada.

Thaís ressalta que apesar de antigo, o Monza está em bom estado de conservação, o que pode ajudar na identificação. Por enquanto, esse é o único vídeo identificado, mas novas imagens podem surgir uma vez que a polícia tem gravações de mais de 15 câmeras para analisar.

Informações podem ser repassadas para a Delegacia de Homicídios, pelo (54) 3217.1409, ou à Brigada Militar, pelo 190. Não é necessário se identificar.

Fonte: Adriano Duarte | PIONEIRO.COM

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