sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Feijão preto deve ter preços historicamente mais altos em 2014, diz analista

Estudo da Conab, no entanto, indica queda no preço da commodity para o consumidor na safra 2013/2014


   Analista da Conab afirma que governo vai estimular consumo do feijão
   Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

O consumo de feijão está aumentando nos Estados Unidos e também no Brasil, de acordo com o analista de mercado Marcelo Lüders. A expectativa, segundo ele, é de que haja menos oferta de feijão preto no próximo ano.

– A China diminui a área de feijão preto, eles tiveram problemas com chuva, Cuba e Venezuela vão precisar de uma boa quantidade esse ano. O Brasil, a partir de 1º de dezembro, volta a ter o imposto de importação de 10%, o que permite acreditar que o feijão preto vai continuar sendo bastante interessante – afirma.

Assista à entrevista concedida ao Mercado & Companhia:


Conab prevê queda dos preços ao consumidor

Em contraponto à projeção do analista, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que o feijão ficará mais barato para o consumidor na safra 2013/2014, quando a produção deverá atingir a quantia de 3,56 milhões de toneladas.

Conforme estudo apresentado na quarta, dia 11, contribuirão para o quadro de baixa do preço as garantias de preço mínimo e de aquisição de até 30 toneladas dos excedentes para preservar a renda do produtor e manter os valores do grão estáveis no mercado.

– O governo quer estimular o consumo do feijão. Por isso, o quilo não pode custar R$ 7, quando há pessoas com renda de apenas R$ 70 por mês. Assim, foram tomadas medidas para estimular a produção, com a elevação do preço mínimo para a saca de 60 quilos, garantido ao produtor, de R$ 74,16 para R$ 95, para feijão de cores ou carioca, e para R$ 105 o quilo do feijão preto – afirmou o analista da Conab João Figueiredo Ruas.

Segundo o especialista da Conab, essa política é baseada na premissa de que é preferível ter um excesso do produto em estoque do que um preço muito alto que dificulte a comercialização. Por isso, se a previsão de uma boa safra se confirmar, o governo vai adquirir todo o excesso da produção e formar estoque, para que os produtores não tenham prejuízo.

Para Ruas, não há problema em estocar o feijão preto, que pode ser armazenado por até um ano e meio sem perder qualidade, diferentemente do que ocorre com o feijão de cores. A produção total de feijão no país resulta da colheita de três safras anuais e a previsão de 3,56 milhões de toneladas na safra 2013/2014 supera a de 2012/2013, que totalizou 2,83 milhões de toneladas.

Fonte: RURALBR, COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

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