La Pintada foi duramente castigado e grandes
deslizamentos soterraram dezenas de casas
Bombeiros e voluntários procuram por desaparecidos após deslizamento de terra no MéxicoFoto: Koral Carballo / AFP
As autoridades mexicanas aceleravam nesta sexta-feira as buscas
por quase 70 pessoas desaparecidas em um povoado parcialmente sepultado por um
grande deslizamento.
Localizado em Guerrero, estado mais afetado pelas chuvas, o
povoado de La Pintada foi duramente castigado e grandes deslizamentos
soterraram dezenas de casas. As equipes de resgate seguem trabalhando
intensamente para encontrar as 68 pessoas que permanecem desaparecidas. Até o
momento, foram registrados oficialmente dois mortos nessa localidade nas
montanhas.
— As atividades de busca e de remoção de terra em La Pintada
foram mantidas durante a noite (de quinta) e seguiam nesta sexta-feira. São
mais de 24 horas de trabalho contínuo — disse um porta-voz do Ministério da
Defesa.
Sob uma chuva que não dá trégua, com pás, marretas e até com as
próprias mãos, mais de 200 soldados e agentes da Defesa Civil escavaram entre
as toneladas de lama que cobrem atualmente La Pintada, onde viviam cerca de 400
pessoas.
Para ter acesso ao local, de onde já foram retiradas centenas de
pessoas, é necessário chegar de helicóptero ou enfrentar sete horas de
caminhada a partir do centro de Atoyac de Álvarez, município ao qual pertence
La Pintada.
As forças de segurança também procuram por um helicóptero da
Polícia Federal que desapareceu dos radares na quinta-feira quando levava
sobreviventes para uma comunidade próxima.
Os registros apresentados até o momento indicam 97 mortos, cerca
de 60 desaparecidos, 200 mil desabrigados e 50 mil deslocados devido às
chuvas torrenciais provocadas pelos dois ciclones — Manuel e Ingrid — que desde
o final de semana assolam as costas do Pacífico e do Golfo do México.
A situação pode piorar ainda mais, já que o Serviço
Meteorológico Nacional (SMN) prevê "chuvas intensas" para o norte e o
noroeste do país, assim como "chuvas de muito fortes a pontualmente
intensas" no centro, sudeste e leste.
Desde 1958 o México não era atingido simultaneamente por dois
ciclones, como foi o caso de Manuel e Ingrid entre sábado passado e
segunda-feira.
A tragédia ambiental levou a ONU a oferecer sua contribuição
para "os esforços de assistência humanitária relacionados a este desastre
e a mobilizar o apoio internacional necessário", disse um porta-voz da
organização em um comunicado difundido nesta sexta-feira em Nova York.
Fonte: AFP
ZERO HORA
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