sábado, 3 de agosto de 2013

Três anos de União Frederiquense e muita história para contar

São três anos de história, muito trabalho e os mais variados sentimentos na arquibancada, na maioria das vezes, passadas pelo torcedor Jonathan Pertile

      (Foto: Fábio Pelinson)

Uma das grandes dúvidas que pairavam sobre os idealizadores do União Frederiquense de Futebol, em 2010, era em relação a torcida. Embora o otimismo estivesse presente, os torcedores iriam aos jogos? Apoiariam o time? Vestiriam realmente a camiseta? Pois bem, o clube completa hoje, 3 de agosto, três anos da sua fundação, a parte mais “burocrática” da história. Depois vieram as escolhas do nome, do escudo, das cores, do uniforme, do hino, e muitas das respostas esperadas pelos fundadores já foram dadas.

Como um bom filho, o União tem crescido neste meio tempo. Já foram três temporadas de Divisão de Acesso e de muitas alegrias, tristezas, emoções e aprendizados. Se o resultado não vinha dentro de campo, a torcida chiava na arquibancada, mas que bom que ela estava lá. Sim, e estava lá em bom número, sempre. Com chuva, time em crise – como aconteceu esse ano – e os torcedores estavam lá, mesmo assim, em centenas.

Pouco importa investimentos astronômicos, atletas renomados ou grandes promessas se a torcida, alma do time, não estiver na arquibancada. Isso soa até como crítica a times que surgiram em outros Estados, apenas com fins lucrativos, mas que na “cancha” não tem ninguém sofrendo junto. Em Frederico Westphalen é diferente. Desde o início ela estava lá, sedenta de um clube de futebol profissional, de uma diversão para o final de semana. E essa brincadeira virou amor, afinal, quando os sentimentos de alegria, tristeza, ódio e euforia se misturam em noventa minutos, passa a não ser apenas 11 contra 11, é algo mais.

Um dos personagens que faz parte desta história de três anos do União Frederiquense é Jonathan Pertile. O funcionário público, de 25 anos, assumiu o verde, branco e vermelho. Colocou o escudo no peito e não tirou mais. “Meu primeiro contato com o União foi quando o pessoal resolveu criar o time para disputar a Divisão de Acesso. Eu, como sou um apaixonado pelo futebol, comecei a gostar da ideia, e desde então surgiu essa paixão pelo União”, ressalta o torcedor.

Pertile passou da arquibancada para um verdadeiro “amigo fiel” do clube, acompanhando a delegação sempre, inclusive nos jogos longe do Vermelhão da Colina. “Eu sempre estive junto, tanto que eu sou conselheiro do clube, por sempre estar junto. Acho que é o papel do conselheiro estar presente, não só na época de aprovar os processos, e sim vendo o que é o União, o que acontece por trás, isso eu sempre gostei, sempre quis ter contato”, comenta.

O início

“No primeiro ano foi montado o time, só faltava uma coisa, a torcida. Mas FW é uma cidade apaixonada por futebol, que vive o futebol. Eu queria tanto fazer parte do União, que eu resolvi criar a torcida Loucos da Colina. Acabou no último ano, mas foi uma boa experiência com o pessoal. Mas a torcida no geral foi fundamental, foi um espelho nesses três anos, pela quantidade de torcedores, tanto que muito jogador vem para cá devido à torcida”.

Os jogos fora de casa

“Eu acho que eu não fui só para Pelotas e Rio Grande, no resto, já cruzei o Estado no meio nesses três anos. Mas com certeza, o mais tenso foi o primeiro jogo da história do União fora de casa, em Santo Ângelo. A torcida chegou um pouco com os ânimos exaltados, aí houve um tumulto lá”.

O jogo mais emocionante

“Foi o jogo contra o Riopardense aqui, que a gente precisava de uma vitória. Com chuva, campo alagado, e o Rodrigo Vareta fez o gol aos 49 minutos. Essa foi a vitória mais comemorada”.

A maior decepção

“Sem dúvida o jogo contra o Guarany de Camaquã. Acho que foi muito excesso de confiança. O União tinha o melhor time para subir, e acho que tudo que se gerou, em um time de apenas dois anos acabou criando um excesso de confiança”.

Esses três anos de time

“O União, como o Grêmio e Inter, é uma história. O começo é assim, com derrotas, vitórias. Tivemos uma derrota, que para mim, no futebol, nunca havia sentido tanto, que foi o jogo contra o Camaquã. Mas acredito que é nessas situações que o torcedor tem que se agarrar mais. É sempre na derrota que a gente vê o verdadeiro torcedor”.

       Jonathan Pertile é um dos torcedores que acompanha o União desde a fundação do clube

Fonte: Fábio Pelinson | Jornal O Alto Uruguai

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