Casal de ambientalistas ficou refém do homem
durante 30 minutos.
Mulher fotografava pássaros e
conseguiu registrar a ação do criminoso.
Caçador agrediu o
ambientalista Wigold Schaeffer e deixou ferimento evidente como mostra a
imagem.
(Foto: Miriam Prochnow /
Divulgação)
Um casal de ambientalistas foi agredido no último domingo (4)
por um caçador armado. A ação ocorreu enquanto os dois passeavam na mata que
fica na propriedade deles, em Atalanta,
no Vale do Itajaí. Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, conselheiros e
fundadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi),
ficaram durante 30 minutos reféns do caçador, que durante as ameaças de morte
chegou a acertar a mão do ambientalista com a arma.
O casal saiu de casa por volta das 10h em companhia da filha,
para dar uma caminhada no meio da Mata Altântica e fazer fotos da flora e da
fauna. Por volta das 10h30, foram atacados pelo caçador, que usava um traje
camuflado da cabeça aos pés, empunhando uma arma.
“O agressor não parou, veio direto em minha direção com a arma
apontada, até quase encostar o cano em meu rosto, aí ele tentou arrancar a
câmera fotográfica de minhas mãos. Nesse momento, num gesto de desespero e
reflexo, segurei o cano da arma e o desviei do meu corpo. Foi quando ele puxou
o gatilho e atirou. O tiro passou muito perto do meu peito,” revela Wigold.
Criminoso fez casal de
ambientalistas de reféns durante mais de
30 minutos. (Foto: Miriam Prochnow /
Divulgação)
Wigold relatou que, como o criminoso não conseguiu acertá-lo com
um tiro, começou a agredi-lo com chutes, coronhadas e até com a própria máquina
fotográfica, que se partiu quando o agressor a bateu na cabeça da vítima.
“Enquanto me aproximava, fui tirando fotos para registrar a
agressão e ao mesmo tempo reconheci o agressor e o chamei pelo nome. Ele estava
preocupado com as máquinas fotográficas que carregávamos e tentou tirá-las de
nós diversas vezes. Eu reconheci o agressor. É um jovem morador aqui de
Atalanta. Nós já fizemos o Boletim de Ocorrência e estamos dando o
encaminhamento para reagir perante essa agressão”, relatou Mirian.
O casal voltou para Atalanta depois de 14 anos trabalhando em
Brasília. Os dois são fundadores da Apremavi, que completou 26 anos este ano.
"O que provavelmente motivou essa agressão foi a caça. Ele não queria ser
reconhecido e denunciado. Temos que fazer uma campanha nacional conscientizando
as pessoas que a caça ilegal é um problema grave", conclui a
ambientalista.
Fonte:
Do G1 SC
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