quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ambientalistas são agredidos por caçador armado no Vale do Itajaí

Casal de ambientalistas ficou refém do homem durante 30 minutos. 
Mulher fotografava pássaros e conseguiu registrar a ação do criminoso.

Caçador agrediu o ambientalista Wigold Schaeffer na mão, e deixou ferimento evidente como mostra a imagem. (Foto: Miriam Prochnow / Divulgação)
   Caçador agrediu o ambientalista Wigold Schaeffer e deixou ferimento evidente como mostra a imagem.
   (Foto: Miriam Prochnow / Divulgação)

Um casal de ambientalistas foi agredido no último domingo (4) por um caçador armado. A ação ocorreu enquanto os dois passeavam na mata que fica na propriedade deles, em Atalanta, no Vale do Itajaí. Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, conselheiros e fundadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), ficaram durante 30 minutos reféns do caçador, que durante as ameaças de morte chegou a acertar a mão do ambientalista com a arma.

O casal saiu de casa por volta das 10h em companhia da filha, para dar uma caminhada no meio da Mata Altântica e fazer fotos da flora e da fauna. Por volta das 10h30, foram atacados pelo caçador, que usava um traje camuflado da cabeça aos pés, empunhando uma arma.

“O agressor não parou, veio direto em minha direção com a arma apontada, até quase encostar o cano em meu rosto, aí ele tentou arrancar a câmera fotográfica de minhas mãos. Nesse momento, num gesto de desespero e reflexo, segurei o cano da arma e o desviei do meu corpo. Foi quando ele puxou o gatilho e atirou. O tiro passou muito perto do meu peito,” revela Wigold.

Criminoso fez casal de ambientalistas de reféns durante mais de 30 minutos. (Foto: Miriam Prochnow / Divulgação)
   Criminoso fez casal de ambientalistas de reféns durante mais de 
   30 minutos. (Foto: Miriam Prochnow / Divulgação)

Wigold relatou que, como o criminoso não conseguiu acertá-lo com um tiro, começou a agredi-lo com chutes, coronhadas e até com a própria máquina fotográfica, que se partiu quando o agressor a bateu na cabeça da vítima.

“Enquanto me aproximava, fui tirando fotos para registrar a agressão e ao mesmo tempo reconheci o agressor e o chamei pelo nome. Ele estava preocupado com as máquinas fotográficas que carregávamos e tentou tirá-las de nós diversas vezes. Eu reconheci o agressor. É um jovem morador aqui de Atalanta. Nós já fizemos o Boletim de Ocorrência e estamos dando o encaminhamento para reagir perante essa agressão”, relatou Mirian.

O casal voltou para Atalanta depois de 14 anos trabalhando em Brasília. Os dois são fundadores da Apremavi, que completou 26 anos este ano. "O que provavelmente motivou essa agressão foi a caça. Ele não queria ser reconhecido e denunciado. Temos que fazer uma campanha nacional conscientizando as pessoas que a caça ilegal é um problema grave", conclui a ambientalista.

Fonte: Do G1 SC

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