terça-feira, 23 de julho de 2013

Protesto próximo ao Palácio Guanabara acaba em confronto

Pelo menos cinco pessoas foram presas, conforme a Polícia Militar

   Pelo menos cinco pessoas foram presas, conforme a Polícia Militar
   Crédito: Tasso Marcelo / AFP / CP

Terminou em confronto o protesto realizado na segunda-feira, próximo ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, em Laranjeiras, zona Sul do Rio. A manifestação foi mantida a cerca de 200 metros do palácio. Às 19h45min, um grupo lançou um coquetel molotov na direção dos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. O papa Francisco já havia deixado o local. 

O estudante de medicina Fellipe Camisão, de 24 anos, disse que atendeu um manifestante baleado na perna direita. “Ele estava com a namorada e foi baleado na perna. Não foi bala de borracha. Foi projétil de arma de fogo. Ele estava com hemorragia e estancamos o sangue”, disse. O ferido é farmacêutico e foi colocado em um táxi para buscar atendimento. O Bope e o Choque faziam buscas por manifestantes pelo bairro até as 20h30min. 

Os manifestantes fizeram protesto pelo Estado laico e contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). Os ativistas queriam seguir até a frente do imóvel, mas foram barrados por um cordão de isolamento feito por policiais militares. Quando o papa já estava na residência em que ficará hospedado, no Sumaré, eclodiu o confronto. Houve correria. O protesto começou bem humorado. Houve performance de mulheres seminuas, que simulavam a “confissão” de práticas reprovadas pela Igreja, como o sexo antes do casamento. Aparentemente chocados, peregrinos que passavam ao lado começaram a rezar o pai-nosso de mãos dadas.

Presos

Dois jornalistas do grupo Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) que acompanhavam aos protestos em frente ao Palácio Guanabara, no Rio, foram detidos. Um deles estava em frente à 9ª Delegacia de Polícia (Catete), apurando por que motivo o colega foi detido, quando foi abordado por um tenente. Ele disse que o jornalista era suspeito de incitar as manifestações e queria levá-lo para averiguações. 

Uma advogada interveio e o tenente chegou a dizer que o repórter não estava detido e que poderia sair da delegacia se quisesse. Logo em seguida, o policial recebeu uma ligação e anunciou a prisão do repórter. "O major Nunes mandou levar ele", afirmou. A detenção foi transmitida ao vivo. O telefone usado na transmissão foi apreendido. Em seguida, o policial anunciou: "Quem passar mensagem pelo celular será preso". 

Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo

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