terça-feira, 30 de julho de 2013

Médicos fazem paralisação terça e quarta-feira no RS

Protesto contra o governo federal atingirá apenas atendimentos agendados, diz Simers

Nesta terça e quarta-feira os médicos fazem paralisação para protestar contra o governo federal. De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o protesto atingirá apenas os atendimentos agendados, os casos que não são de urgência. “Esta é a forma que temos para chamar a atenção do governo federal. E verificamos que temos um bom apoio dos profissionais em Porto Alegre e no Interior”, afirmou o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes.

Uma das reclamações da categoria é em relação ao Programa Mais Médicos. Argollo argumentou que a entidade pode acionar juridicamente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), prevendo uma série de desrespeito às leis trabalhistas. “O governo quer contratar médicos por um período de três anos sem direitos trabalhistas, como 13º salário e férias. Mas primeiro as contratações precisam acontecer para saber como serão esses contratos”, explicou.

O presidente do Simers questiona a vinda dos médicos estrangeiros, apesar de não ser absolutamente contra a medida. “Não temos oposição aos estrangeiros. Queremos que eles façam a prova de validação. Eles têm que pelo menos falar o português. Se precisa de avaliação para trabalhar de forma particular, porque não precisaria para atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?”, questiona. “Isso é ilegal.”

Médicos querem carreira de juiz

Segundo o dirigente, Porto Alegre tem mais médicos que a Inglaterra. A presidente Dilma Rousseff teria mudado o foco das reclamações, que era por mais investimento em saúde. “O povo pediu saúde estilo Fifa e não mais médicos. Não faltam médicos no Brasil, falta é estrutura pra se trabalhar. Queremos que o governo federal invista 10% do orçamento em saúde”, argumentou. 

Argollo defendeu um novo sistema para interiorizar o médico. “Também propomos uma carreira médica similar a de juiz e promotor. Eles fariam concurso, teriam uma carreira pública e trabalhariam onde o Estado determinasse. Daí não faltaria médicos no interior do país. Esta seria uma maneira séria de interiorizar o médico”, completou.

Fonte: Correio do Povo

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