Família analisa
hipótese de desligar aparelhos que mantêm ex-presidente da África do Sul com
vida
Família analisa hipótese de desligar aparelhos
que mantêm ex-presidente da África do Sul com vida
Crédito: Alexander Joe / AFP / CP
Crédito: Alexander Joe / AFP / CP
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de
94 anos, está em estado vegetativo permanente, segundo um comunicado divulgado
nesta quinta-feira. O documento judicial tem data de 26 de junho e agora a
família pensa em desligar os aparelhos que o mantém com vida.
"Os médicos aconselharam a família de Mandela a desligar os aparelhos que o mantém artificialmente em vida", descreve o documento apresentado pela família ao tribunal de Mthatha como parte do caso de transferência das lápides de três filhos do herói nacional.
Mais cedo, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse que Mandela estava em "estado crítico mas estável". "O ex-presidente permanece em estado crítico, mas estável. O presidente (Jacob) Zuma agradece a nação e a comunidade internacional por seu contínuo apoio", dizia o comunicado oficial divulgado após uma visita do atual governantes do país ao ilustre predecessor no hospital.
Há uma semana, o boletim médico sobre o estado de saúde do líder sul-africano é o mesmo. A esposa de Mandela, a moçambicana Graça Machel, havia dito pela manhã que o líder da luta contra o apartheid – regime de segregação racial no país – estava bem, porém sentia dores. “Madiba às vezes sente-se desconfortável, com dor, mas está bem” disse ela à imprensa em uma coletiva de imprensa da Fundação Mandela, em Johannesburgo. "As demonstrações de amor, de caridade, de apoio e de esperança são lembradas nos nossos corações todos os dias”, acrescentou.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e passou 27 anos na prisão por lutar contra o apartheid. Ele venceu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. O ex-presidente foi hospitalizado no dia 8 de junho em Pretória, após uma recaída da infecção pulmonar que o atinge há dois anos e meio.
Neto lava roupa suja
Enquanto eram enterrados novamente no povoado de Qunu os restos mortais de três filhos de Mandela exumados na véspera, o mais velho de seus netos, Mandla Mandela, organizou uma entrevista coletiva de imprensa para acertar as contas com vários membros da família. "Estou no centro do ataque de indivíduos que buscam um minuto de glória e atenção midiática às minhas custas", declarou. Embora tenha negado querer "lavar roupa suja em público", atacou pessoalmente vários deles.
Mandla, que decidiu sozinho em 2011 transferir o corpo de seu pai, de sua tia e de seu tio ao povoado natal de seu avô, Mvezo, do qual é o chefe tradicional, não gostou que 15 membros de sua família tenham recorrido à justiça para transferir os restos a Qunu, onde Nelson Mandela deseja ser enterrado.
Familiares reprovaram a atitude de Mandla. "Em vez de ser uma força de unidade, só ajudou a semear a divisão na família", disse a tia Makaziwe. "Ele sabe que meu pai engravidou uma mulher casada e ele é o resultado deste ato", afirmou o meio-irmão Ndaba.
Fonte: AFP
Correio
Do Povo
"Os médicos aconselharam a família de Mandela a desligar os aparelhos que o mantém artificialmente em vida", descreve o documento apresentado pela família ao tribunal de Mthatha como parte do caso de transferência das lápides de três filhos do herói nacional.
Mais cedo, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse que Mandela estava em "estado crítico mas estável". "O ex-presidente permanece em estado crítico, mas estável. O presidente (Jacob) Zuma agradece a nação e a comunidade internacional por seu contínuo apoio", dizia o comunicado oficial divulgado após uma visita do atual governantes do país ao ilustre predecessor no hospital.
Há uma semana, o boletim médico sobre o estado de saúde do líder sul-africano é o mesmo. A esposa de Mandela, a moçambicana Graça Machel, havia dito pela manhã que o líder da luta contra o apartheid – regime de segregação racial no país – estava bem, porém sentia dores. “Madiba às vezes sente-se desconfortável, com dor, mas está bem” disse ela à imprensa em uma coletiva de imprensa da Fundação Mandela, em Johannesburgo. "As demonstrações de amor, de caridade, de apoio e de esperança são lembradas nos nossos corações todos os dias”, acrescentou.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e passou 27 anos na prisão por lutar contra o apartheid. Ele venceu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. O ex-presidente foi hospitalizado no dia 8 de junho em Pretória, após uma recaída da infecção pulmonar que o atinge há dois anos e meio.
Neto lava roupa suja
Enquanto eram enterrados novamente no povoado de Qunu os restos mortais de três filhos de Mandela exumados na véspera, o mais velho de seus netos, Mandla Mandela, organizou uma entrevista coletiva de imprensa para acertar as contas com vários membros da família. "Estou no centro do ataque de indivíduos que buscam um minuto de glória e atenção midiática às minhas custas", declarou. Embora tenha negado querer "lavar roupa suja em público", atacou pessoalmente vários deles.
Mandla, que decidiu sozinho em 2011 transferir o corpo de seu pai, de sua tia e de seu tio ao povoado natal de seu avô, Mvezo, do qual é o chefe tradicional, não gostou que 15 membros de sua família tenham recorrido à justiça para transferir os restos a Qunu, onde Nelson Mandela deseja ser enterrado.
Familiares reprovaram a atitude de Mandla. "Em vez de ser uma força de unidade, só ajudou a semear a divisão na família", disse a tia Makaziwe. "Ele sabe que meu pai engravidou uma mulher casada e ele é o resultado deste ato", afirmou o meio-irmão Ndaba.
Fonte: AFP
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