Acusado sofre de esquizofrenia
e havia saído de uma instituição psiquiátrica há cerca de um mês
Créditos: Clarissa
Battistella/Especial ON
Uma tragédia chocou os moradores da Rua Isaías Fontana, no
bairro Petrópolis no fim da tarde de segunda-feira (15). O bebê Artur Oliveira
Soares de 10 meses foi morto pelo tio, de 25 anos, possivelmente a pancadas.
A ocorrência teve início quando a avó da criança passou a ser
agredida pelo acusado. Ao perceber o que estava acontecendo, um vizinho tentou
entrar na parte de baixo da casa onde estavam os moradores. Como não conseguiu
acessar o interior da residência, saiu em busca de ajuda, indo até a Delegacia
de Polícia de Pronto Atendimento, que fica próxima ao local do crime. A Equipe
Volante da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, coordenada pelos
delegados Gilberto Mutti Dumke e Diego Dezorzi imediatamente foi até o
endereço. Quando os policiais chegaram tiveram dificuldades em entrar e quando
conseguiram, encontraram a mulher ferida e a criança já morta. A Brigada
Militar também foi acionada e chegou em seguida. O acusado, que é tio da
criança, foi detido e os policiais tiveram dificuldades em imobilizar e tirar o
acusado de dentro da casa. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros encaminhou o
acusado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas foi preciso amarrar o homem à
maca. A mãe do acusado, que é avó da criança também foi levada para atendimento
médico em função das agressões sofridas.
De acordo com o pai do acusado, o homem sofre de esquizofrenia,
e foi liberado do Hospital Bezerra de Menezes há cerca de um mês após passar 60
dias internado. Ele vinha tomando a medicação normalmente e nunca havia agido
desta forma. “Ele não tinha ideia do que estava acontecendo e não estava
consciente quando a polícia chegou”, disse o pai.
Peritos do IGP estiveram no local realizando os levantamentos do
crime. De acordo com pessoas que tiveram acesso ao andar inferior da casa, no
local havia bastante sangue e o corpo da criança apresentava inúmeras lesões.
Segundo o delegado Gilberto Mutti Dumke, titular da Delegacia de Polícia de
Pronto Atendimento, o acusado seria encaminhado à delegacia assim que recebesse
alta do hospital e seria autuado em flagrante por homicídio, mesmo com a
condição de mentalmente transtornado. “Posteriormente, em fase processual, pode
ser avaliada como um incidente de insanidade mental, mas é uma questão para
mais adiante, no inquérito policial não interfere o fato de ele ter um problema
mental”, afirmou o delegado, reiterando que após a autuação, o acusado seria recolhido
ao Presídio Regional de Passo Fundo.
A polícia acredita que o acusado não utilizou nenhum tipo de
arma para matar a criança e que o bebê foi morto a pancadas, possivelmente
tendo a cabeça batida repetidas vezes contra o chão ou a parede, ou até mesmo
pelas próprias mãos, mas ainda não havia nenhuma evidência quanto à forma em
que as agressões foram perpetradas pelo acusado. O corpo da criança seria
encaminhado para a necropsia. Até a publicação desta matéria, o acusado ainda
não havia sido liberado para ser conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto
Atendimento. A mãe da criança, que estava trabalhando no momento do crime,
chegou ao endereço da família, sentiu-se mal e teve de ser amparada por
vizinhos e familiares.
Fonte:
O NACIONAL
Publicada em: 15/07/2013 - 18:21
Nenhum comentário:
Postar um comentário