sexta-feira, 12 de julho de 2013

Em reunião com Mercosul, Dilma deve debater espionagem dos EUA

Segundo ministro, países devem adotar posição conjunta de repúdio.Chefes de Estado também devem se manifestar sobre incidente com Evo.


A presidente Dilma Rousseff participa nesta sexta (12), em Montevidéu, da cúpula de chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. No encontro, os líderes deverão debater as recentes denúncias de espionagem, pelos Estados Unidos, de dados na internet e telefonemas de cidadãos da América Latina.

A cúpula deverá reunir os presidentes Dilma Rousseff, José Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner (Argentina) e Nicolás Maduro (Venezuela) - o Paraguai está suspenso temporariamente -, além de chefes dos países associados.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que, durante a cúpula, os países da América Latina podem adotar uma posição conjunta de repúdio à suposta espionagem americana. Colômbia, México, Chile, Equador e Argentina já condenaram o monitoramento externo de informações de cidadãos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta semana que a resposta do Brasil deve ser dura. “Se a gente abaixar a cabeça, amanhã eles passam por cima da gente total”, declarou.

Carvalho afirmou que, durante a cúpula, os presidentes também deverão discutir sobre o recente episódio vivido pelo presidente da Bolívia, Evo Morales. Na semana passada, Morales foi impedido de entrar no espaço aéreo de países europeus pela suspeita de que estava transportando Edward Snowden, ex-técnico da inteligência americano foragido que denunciou as ações de espionagem do governo dos EUA.

Dilma já se manifestou contrariamente aos dois episódios. Sobre Evo Morales, a presidente disse que a atitude dos países europeus é um “grave desrespeito”. A respeito da suspeita de espionagem, Dilma disse não concordar “de maneira nenhuma com interferências dessa ordem”.

Programação

Nesta sexta, o primeiro compromisso, marcado para as 8h, é um café da manhã com os chefes de Estado e, às 10h30, da reunião de cúpula. A volta apara Brasília está prevista para 15h.

Além de Patriota, acompanham a presidente os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Helena Chagas (Comunicação Social).

A cúpula deverá tratar também do processo de incorporação da Bolívia e do Equador como membros plenos e da Guiana e do Suriname como membros associados, de acordo com informações do Itamaraty.

O bloco, criado em 1991, representa 80% do Produto Interno Bruto da América do Sul e destino de 58% do investimento estrangeiro no continente. Atualmente, a presidência pro tempore é do Uruguai, mas será transferida à Venezuela ao final da cúpula de Montevidéu.

Fonte: Do G1, em Brasília

Nenhum comentário:

Postar um comentário