Mulher do motorista diz que ele não
lembra do acidente.
Ônibus caiu de um viaduto
deixando 7 mortos e 11 feridos no Rio de Janeiro. (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
A cabeleireira Conceição Rodrigues
Santana, mãe de Amanda Santana Silva, de 19 anos, estudante de farmácia da UFRJ
que está internada no Hospital Getúlio Vargas, contou, na manhã desta
quarta-feira (3), ter ouvido da filha que um passageiro teria chutado o rosto
do motorista que conduzia o ônibus linha 328 (Bananal/Castelo) antes do acidente
que matou sete e deixou 10 feridos.
A agressão, de acordo com a jovem, ocorreu
durante uma discussão e fez com que o motorista perdesse a direção e
despencasse do Viaduto Brigadeiro Trompowski, na Avenida Brasil, terça (2).
Amanda disse à mãe que um estudante fez
sinal para que o motorista parasse em um determinado ponto. Como ele não parou,
o jovem teria pulado a catraca e iniciado uma discussão com o condutor. A jovem
estava na frente do ônibus e não conhecia o estudante que iniciou a briga.
A garota também contou para a mãe que as
pessoas gritaram muito na hora da queda, mas quando o ônibus caiu houve
silêncio.
A briga
Em entrevista por telefone nesta manhã ao
programa "Encontro
com Fátima Bernardes", da TV
Globo, Amanda lembrou dos momentos de pânico na linha 328. "O motorista
era bastante grosseiro. Passou vários pontos sem parar. Ele parou no ponto para
o rapaz descer, mas não deu tempo. Aí o rapaz se alterou, pulou a catraca e
começou a discutir. Quando chegou no ponto seguinte, o motorista não quis abrir
a porta da frente. O rapaz também não quis pular a catraca de volta e começou a
discussão", contou.
No programa, ela lembrou ainda de como foi
ajudada. "Começou a vazar muita gasolina do ônibus, passou um rapaz e eu
pedi ajuda. Ele me ajudou a sair. Aí olhei para trás e vi o rapaz que agrediu o
motorista em pé com muito sangue, e o motorista caído. Não vi mais nada."
Amanda voltava do segundo dia de trote na
UFRJ, na Ilha do Governador, para casa, que fica em Irajá, no Subúrbio do
Rio.
Segundo Conceição, a filha tem o quadro
estável, mas está com uma fratura no cóccix. "Ela chora, ela sente
dor".
Motorista não lembra
do acidente
A mulher do motorista André Luiz da Silva
Oliveira, de 33 anos, que dirigia o ônibus da empresa Paranapuã que caiu do
viaduto, afirmou nesta manhã que o marido não se lembra de nada. “Ele não
lembra de nada, nem do acidente nem da filha de 2 anos”, disse, Francilene dos
Santos.
Francilene esteve nesta manhã no Hospital
Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte, para visitar o marido, que continua
internado. Ao chegar no hospital, ela também reclamou da empresa de ônibus
Paranapuã, que, segundo ela, não prestou qualquer auxílio ao motorista.
Quatro feridos ainda em estado grave
Na manhã desta
quarta, seis corpos das sete vítimas da queda do ônibus já tinham sido liberados pelo
Instituto Médico-Legal.
Dos 10 feridos,
quatro pessoas estão em estado grave. O motorista do ônibus está internado com
fratura no fêmur e traumatismo craniano.
A polícia está com as
imagens registradas pela câmera do circuito interno do ônibus.
Há ainda pessoas internadas nos hospitais Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, no Miguel Couto, na Zona Sul, no Souza Aguiar, no Centro e no HGB, em Bonsucesso. Um jovem de 18 anos está em estado gravíssimo com traumatismo craniano no Hospital Getúlio Vargas. Na mesma unidade, um senhor de 80 anos, também com traumatismo craniano, passa bem. Ainda no Getúlio Vargas, uma jovem de 18 anos, que teve um trauma leve no tórax, passa bem.
As pessoas que morreram foram Marcos do Nascimento, de 42 anos, José de Jesus, de 42 anos, Ângela Maria Reis da Silva, 62 anos, Luiz Antônio do Amaral, de 41 anos, Francisco Batista de Souza, de 40 anos, Oséas da Silva Cardoso, 39 anos e Luciana Chagas da Silva.
O delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), que investiga a queda de ônibus, disse que a agressão pode ter causado o acidente. José Pedro ouviu sobreviventes e o próprio motorista, e contou que os primeiros relatos confirmam a discussão entre os dois e que o veículo estava em alta velocidade. O delegado destacou que pretende ouvir o motorista novamente nesta quarta, pois na terça ele não estava em condições de prestar depoimento.
Há ainda pessoas internadas nos hospitais Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, no Miguel Couto, na Zona Sul, no Souza Aguiar, no Centro e no HGB, em Bonsucesso. Um jovem de 18 anos está em estado gravíssimo com traumatismo craniano no Hospital Getúlio Vargas. Na mesma unidade, um senhor de 80 anos, também com traumatismo craniano, passa bem. Ainda no Getúlio Vargas, uma jovem de 18 anos, que teve um trauma leve no tórax, passa bem.
As pessoas que morreram foram Marcos do Nascimento, de 42 anos, José de Jesus, de 42 anos, Ângela Maria Reis da Silva, 62 anos, Luiz Antônio do Amaral, de 41 anos, Francisco Batista de Souza, de 40 anos, Oséas da Silva Cardoso, 39 anos e Luciana Chagas da Silva.
O delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), que investiga a queda de ônibus, disse que a agressão pode ter causado o acidente. José Pedro ouviu sobreviventes e o próprio motorista, e contou que os primeiros relatos confirmam a discussão entre os dois e que o veículo estava em alta velocidade. O delegado destacou que pretende ouvir o motorista novamente nesta quarta, pois na terça ele não estava em condições de prestar depoimento.
Fonte:
Isabela Marinho | Do G1 Rio
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