sábado, 6 de abril de 2013

Ossada encontrada em Minas pode ser de Eliza Samúdio

Exame de DNA que pode comprovar suspeitas da Polícia Civil sai na próxima semana


     A Polícia Civil de Minas Gerais analisa uma ossada que pode ser o corpo da modelo Eliza Samudio, desaparecida desde junho de 2010. Características de ossos encontrados em janeiro deste ano, na cidade de Nova Serrana (MG), batem com as da ex-namorada do goleiro Bruno. Golpes na cabeça, a ausência de algumas partes do corpo e o tamanho do pé, número 37, são alguns fatores que chamaram a atenção dos policiais. O exame de DNA ficará pronto na próxima semana.

     A ligação entre o corpo achado em janeiro e o de Eliza se deu agora por causa da divulgação de um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte(MG). Ele traz várias semelhanças com a ossada de Nova Serrana, no centro-oeste do Estado, perto do Distrito de Martinho Campos, terra da ex mulher de Macarrão, A altura da mulher encontrada (1,70 metro) também bate com a de Eliza Samudio.

     Neste sábado, também foi divulgado que Bruno, condenado como mandante do homicídio, perdeu o direito de trabalhar na penitenciária Nelson Hungria por indisciplina. Conforme a Secretaria e Estado de Defesa Social (Seds), ele teria protagonizado uma briga com outro detento. Dessa forma, o goleiro não pode reduzir seu tempo de prisão com trabalho em quanto a punição não for revista.

Ossos foram expostos por erosão


     A ossada estava em um buraco de cerca de 6 metros de profundidade em propriedade rural, ao lado de uma estrada vicinal, perto da BR-262. O acesso ao local se dá por outra vicinal, que foi usada por quem seguiu até lá para enterrar o corpo.

     De acordo com o delegado da cidade, Rodrigo Noronha, o corpo não tinha as mãos e um braço. Junto aos ossos havia uma sandália de número 37 fabricada no Sul do país, próximo à terra da modelo, que era do Paraná. Também foram localizados um cinto e peças femininas de roupas que provavelmente eram usadas pela mulher assassinada.

     A arcada dentária do corpo também chamou a atenção, pois era perfeita, segundo o delegado, diferentemente das vítimas de homicídios normalmente achadas na região. Além de não ter um braço, faltava parte do outro. O crânio apresentava um afundamento do lado esquerdo, o que coincide com os relatos sobre a morte de Eliza, uma vez que ela teria sido agredida com uma coronhada justamente desse lado.

     De acordo com a polícia, o corpo apareceu por causa da erosão causada pelas chuvas. Ele tinha duas marcas de tiro na cabeça e uma na coluna cervical. Disparos assim geralmente são feitos por quem tem conhecimento na área, o que pode levar ao ex-policial civil Bola, apontado como responsável pela execução. Nesse caso cairia a tese de que Eliza morreu asfixiada.

Fonte: ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo

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