“O estado de alerta definido em assembleia já
venceu. Agora chegou a hora da ação”, frisou a presidenta da entidade,
vereadora Rosane Simon.
A direção do Sindicato dos Empregados no
Comércio de Ijuí, esteve reunida na noite desta terça-feira, 26, para
encaminhar ações referentes a situação dos trabalhadores da Cotrijui.
“O estado de alerta definido em assembleia
já venceu. Agora chegou a hora da ação”, frisou a presidenta da entidade,
vereadora Rosane Simon.
A reunião teve o objetivo de reunir
informações, através dos diretores empregados da Cotrijuí, de como está a
situação e o ânimo dos trabalhadores da cooperativa nas diferentes unidades da
empresa e tomar uma decisão conjunta sobre quais ações encaminhar para
pressionar a direção da empresa.
Rosane Simon fez um relato aos diretores
do Sindicato sobre os contatos que tem realizado com diferentes setores sociais
ligados a Cotrijui.
“O que nos preocupa muito, além da
situação dos trabalhadores e das várias reuniões e articulações que temos
feito, é a situação da empresa. A nossa luta não é só por colocar o salário dos
trabalhadores em dia, mas também para assegurar os empregos e a manutenção da
empresa, pois sem Cotrijui, milhares de empregos deixam de existir e isso terá
um impacto econômico muito grande em nossa região”, afirmou.
Para os diretores do Sindicato, há
indícios de que as coisas não estão indo bem e que não há respostas da
diretoria da Cotrijuí para uma série de questões.
Os sindicalistas relataram que o aluguel
do sistema informatizado do departamento de recursos humanos não foi pago e a
empresa fornecedora cortou os serviços.
O sistema do setor financeiro vencerá em
15 dias e sofre o risco de corte também.
Além dos trabalhadores da empresa, os
trabalhadores que fazem a segurança da Cotrijuí também estão sem receber.
Ainda segundo os sindicalistas, o
principal problema enfrentado pela cooperativa é a falta de aval da atual direção
para que a empresa se movimente.
“Eles não assinam nada”, disse um diretor.
Um exemplo disso é a questão dos fiéis depositários de grãos.
Os gerentes das unidades recebedoras,
responsáveis por assinar o recebimento de produtos foram demitidos, o que passa
a responsabilidade de fiel depositário ao presidente que não está assinando os
depósitos.
Outra questão relatada é de que vários
fornecedores acenaram com propostas de renegociação de dívidas, mas a diretoria
da empresa tem fechado as portas para a negociação.
“Não queremos nos intrometer nos negócios
da Cotrijuí, não é essa a nossa intenção. Mas a situação da empresa afeta a
vida dos associados do Sindicato e tem reflexos diretos na economia da cidade,
principalmente no comércio. Há entre os associados, integrados e trabalhadores
a sensação de que as coisas não estão bem encaminhadas. Esta é a hora da
negociação, de aproximar parceiros, porque estamos em meio a uma safra e o
negócio tem que fluir”, disse Rosane.
Os sindicalistas chamaram a atenção para o
fato de que neste mês, já não há previsão de pagamento inclusive para os
trabalhadores dos mercados, que estavam recebendo em dia.
“Nós estamos no limite”, sustentam os
diretores.
“Há um desinteresse por parte da direção
com os trabalhadores. Não há informação. Estão sendo feitas demissões
tirando pessoas de locais estratégicos para o andamento da empresa. Demitem e
mandam buscar os direitos na justiça. Um absurdo”, disse.
A presidenta Rosane Simon esclareceu que,
com o respaldo da direção e dos trabalhadores vai encaminhar ações de pressão e
mobilização.
“Precisamos mobilizar e esclarecer a
sociedade sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores, pelos associados
e por cooperados e sobre os reflexos que a Cotrijuí tem sobre toda a economia
da região. É preciso chamar a atenção da sociedade para a gravidade do problema
que demanda respostas imediatas e efetivas e isto não está acontecendo”,
ressaltou.
Rosane Simon afirmou que a partir de agora
ações efetivas serão encaminhadas pelo sindicato e chamou associados e
cooperados para ajudarem na mobilização.
“Precisamos mudar esta situação. Já passou
o momento das evasivas, das reclamações e de apontar problemas passados.
Queremos ação e respostas, porque a máquina está parando”, disse Rosane Simon.
Fonte:
PORTAL IJUHY.COM
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