Alvos seriam bases em Guam, Havaí e
no continente americano.
A Coreia do Norte colocou nesta terça-feira (26) suas
tropas em posição de combate, com armas apontadas para alvos americanos em Guam
(na Oceania), no Havaí, e também no continente dos Estados Unidos.
O governo
norte-coreano ordenou que suas unidades de mísseis estratégicos estejam prontas
para disparos.
“O comando superior
do Exército Popular da Coreia declara que todas as tropas de artilharia,
incluindo as unidades de mísseis estratégicos e as unidades de artilharia de
longo alcance devem estar em preparadas para combate de classe ‘A’”, informa
comunicado da Agência Central de Noticias Coreana, a "KCNA".
Líder norte-coreano Kim
Jong-un supervisiona exercício militar de suas tropas. (Foto: KCNA / Via
Reuters)
A nova ameaça é represália aos novos
sobrevoos de caças americanos sobre a península coreana, durante exercícios
conjuntos com a Coreia do Sul.
A KCNA informou que
as unidades de artilharia da Coreia do Norte também têm na mira alvos da Coreia
do Sul.
“Mostraremos a dura
reação de nossa Exército e povo”, diz a nota norte-coreana. “Para salvaguardar
através de ações militares nossa soberania e dignidade”, acrescenta o
comunicado.
Horas antes, a
agência destacou que o líder norte-coreano Kim Jong-un dirigiu pessoalmente
exercícios de defesa com fogo real na costa leste do país.
Tropas norte-coreanas fazem
treinamento de chegada e defesa de costa em praia não identificada do país. Em
meio ao momento de tensão internacional, o país colocou suas tropas em posição
de combate, com armas apontadas para alvos americanos. (Foto: AFP/KCNA)
Pyongyang já havia
ameaçado na quinta-feira passada atacar as bases militares americanas no Japão
e Guam, como resposta aos voos de treinamento dos caças americanos B-52 na
Coreia do Sul.
O ministro
sul-coreano da Defesa, Kim Kwan-jin, ordenou as tropas a responder com dureza a
qualquer agressão.
Segundo um porta-voz do
ministério da Defesa da Coreia do Sul, "até o momento não houve nenhum
movimento de tropas excepcional".
A presidente
sul-coreana, Park Geun-hye, advertiu a Coreia do Norte que o "caminho para
sobreviver" inclui o abandono dos programas nucleares e de mísseis, em uma
cerimônia em memória aos marinheiros da corveta 'Cheonan'.
Em março de 2010, 46
marinheiros sul-coreanos morreram em um ataque contra a corveta
"Cheonan", atribuído por uma investigação internacional a Pyongyang,
que nega.
A China, principal
aliada da Coreia do Norte, afirmou "esperar que as partes atuem com
moderação para atenuar a tensão.
Apesar do lançamento
com êxito de um foguete de longo alcance em dezembro - que a Coreia do Sul e
seus aliados consideraram um teste de míssil balístico -, analista acreditam
que Pyongyang ainda precisa de muitos anos para desenvolver um verdadeiro
míssil intercontinental que possa atingir o território dos Estados Unidos.
Havaí e Guam também
estariam fora do alcance de seus mísseis de médio alcance, que no entanto
seriam capazes de atacar as bases militares americanas na Coreia do Sul e Japão.
O líder norte-coreano
Kim Jong-Un realizou nas últimas semanas visitas de inspeção a unidades de
forças que estão posicionadas perto da linha divisória com a Coreia do Sul.
A linha divisória de
fato (a chamada Linha Limítrofe Norte) entre os dois países não é reconhecida
por Pyongyang, sob a alegação de que foi unilateralmente determinada pelas
forças da ONU depois da guerra da Coreia, entre 1950 e 1953.
No sábado, a agência
oficial KCNA informou que Kim, que fez uma visita de inspeção a uma unidade das
forças especiais, ordenou uma ação "na velocidade da luz" no caso do
início de uma guerra.
Mísseis são disparados em
treinamento do Exército da Coreia do Norte, sob vistoria de Kim Jong-un.
(Foto:
AFP/KCNA)
Fonte:
Do G1, em São Paulo
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