segunda-feira, 25 de março de 2013

Caxias do Sul figura entre as cidades brasileiras mais violentas

Para cada 100 mil habitantes, o maior município serrano registra a média de 31 assassinatos


     A cidade reconhecida nacionalmente pela economia vibrante foi confirmada semana passada, por meio do Mapa da Violência 2013 do Instituto Sangari (SP), como uma cidade de assassinos. A mesma Caxias do Sul considerada uma das 10 melhores cidades brasileiras para viver, também é capaz de registrar uma média de 31 assassinatos para cada grupo de 100 mil residentes. 

     Em 2010, ano do estudo, 137 dos 427 mil habitantes foram mortos. Embora seja de 2010, o número mantem-se atual: os 133 assassinatos do ano passado resultam na mesma média. 

     As 31 vítimas por 100 mil significam mais mortes do que São Paulo (10,4) e Rio de Janeiro (23,5). O número de Caxias é três vezes maior do que o considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas (10) e 50% acima da média nacional, de 20,4. 

     Considerando que os homicídios cresceram 20,9% em 2012 em comparação com 2011 e que pelo menos outras 200 pessoas escaparam vivas de tentativas de assassinatos, Caxias poderá ultrapassar Porto Alegre (32,8) rapidamente. Por outro lado, os otimistas podem comemorar o fato de ainda estarem bem distantes da campeã Maceió (94,5). 

     O que faz de Caxias uma cidade de assassinos é principalmente o comércio de drogas. A grande maioria das 137 vítimas de 2010 ou das 133 do ano passado era usuária e/ou traficante endividado ou disputava um ponto com grandes operadores do tráfico de crack e cocaína. Também há casos de queima de arquivo. 

     Não é raro ouvir pelas ruas "enquanto for entre eles, tudo bem". O problema, alerta Juan Mario Fandino, do Núcleo de Estudos sobre Violência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é que há uma inter-relação entre narcotráfico, roubo de veículos, assassinatos e crimes de uma maneira em geral.

PIONEIRO

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