quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ministro diz que qualquer município pode aderir ao programa de combate ao crack

     O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou aos prefeitos que os municípios com qualquer quantidade de habitantes poderão aderir ao programa do governo federal de combate ao crack. O programa vai destinar, até 2014, R$ 4 bilhões para equipar e treinar policiais para tratarem de maneira diferente traficantes e usuários. Atualmente, participam do programa os estados e suas capitais. O objetivo do governo é ampliar a participação para médios e pequenos municípios.

     José Eduardo Cardozo destacou a importância da participação das prefeituras na implementação de políticas de combate ao crack, principalmente na recuperação dos espaços degradados utilizados para consumo da droga, as cracolândias.

     "É justamente essa a ideia do programa: estarmos juntos dando mais autoridade através do combate aos traficantes, tratamento de saúde aos usuários, uma reinserção social para que se recuperem aqueles que são dependentes químicos."

     O prefeito da cidade piauiense de Landri Sales, Aurélio Sá, lamentou que em seu município, de apenas seis mil habitantes, o crack e outras drogas estejam atraindo jovens e até crianças que ainda não contam com nenhum serviço de apoio e tratamento. Ele garantiu que vai aderir ao programa para combater o crack e outras drogas.

     "Essa questão do crack vai ser inserida no nosso município através da secretaria de assistência social. Vamos trabalhar no programa de divulgação de como evitar o envolvimento da juventude com esse problema."

     Outro prefeito que está preocupado com o aumento no consumo de drogas em sua cidade é Orlando Neto, eleito pela quarta vez prefeito de Brotas, no estado de São Paulo. Ele afirmou que vai implementar uma guerra contra a droga que tem se alastrado na população de 22 mil habitantes. Orlando Neto defendeu a união das autoridades municipais para o combate ao crack.

     "Primeiro, a união das autoridades municipais: o juiz, o promotor, polícia civil, polícia militar, guarda municipal, fiscalização, conselho tutelar junto à secretaria da educação, da ação social e da saúde. Nós temos que fazer um exército de autoridades e agentes políticos para não deixar nem uma válvula de escape."

     Em relação à internação compulsória, os prefeitos concordam que ela, às vezes, é necessária, mas antes é preciso montar uma estrutura de atendimento adequada para esses usuários. Dados do Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, da Universidade Federal de São Paulo, mostram que em 2011 o crack e a cocaína foram consumidos por quase três milhões de pessoas no Brasil.

Fonte: De Brasília, Karla Alessandra | CÂMARA DOS DEPUTADOS

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