quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Corpo da gaúcha morta no Rio de Janeiro chega ao Estado

Dulcinéia Carpenedo Signor, 40 anos, foi baleada quando retornava de um passeio com a família
Corpo da gaúcha morta no Rio de Janeiro chega ao Estado Arquivo Pessoal/Arquivo Pessoal
Gaúcha completaria 41 anos nesta quarta-feiraFoto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

     O corpo da gaúcha Dulcinéia Carpenedo Signor, 40 anos, morta com um tiro quando retornava de um passeio em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, chegou ao Rio Grande do Sul por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira. Ela era moradora de Sarandi, no Norte, e trabalhava como servente de uma escola.

     Segundo a prima Samantha Signor, 26 anos, o corpo chegou ao aeroporto de Chapecó (SC) por volta da 1h. Depois, foi transportado de carro fúnebre até Sarandi. 

     O velório é realizado na manhã de quarta-feira, quando Dulcinéia completaria 41 anos, na capela do distrito de Barreirinho, onde morava. A missa que antecede o enterro está marcada para as 15h.

     O marido de Dulcinéia, que estava com ela há cerca de dez dias no Rio de Janeiro, chegou a Sarandi na tarde de terça-feira. Ele e outros 12 familiares que moram em Duque de Caxias viajaram para Sarandi. 

     A gaúcha viajou ao Rio de Janeiro para visitar os irmãos, proprietários de uma churrascaria na cidade em Duque de Caxias, a cerca de 20 quilômetros da capital fluminense. Na noite de domingo, quando retornava de um passeio ao sítio dos irmãos, no município de Guarapimirim, ela foi baleada dentro do veículo em que estava. Um homem que dirigia uma motocicleta passou atirando na direção do carro, uma Hilux. Dulcinéia foi ferida nas costas e levada ao hospital pelos familiares, mas não resistiu e morreu.

     — Foi inexplicável. Não sabíamos se ele queria nos assaltar ou estava fugindo de alguém. Estamos inconformados — relembra a sobrinha Emanueli Carpenedo, 23 anos, que estava com a tia no carro, atingido por seis disparos.

Polícia procura testemunhas do crime

     A morte da gaúcha é investigada pela 59ª Delegacia de Polícia de Duque de Caxias. O delegado Cláudio Vieira afirmou que uma equipe trabalha especialmente neste caso, atrás de testemunhas do crime. A Polícia Civil teve acesso às câmeras de segurança da rua onde o crime aconteceu e procura, através das imagens, identificar o atirador e a motocicleta usada no crime.

     — Como a gravação é de longe, não há nitidez necessária para uma identificação. Encaminhamos estas imagens para um setor especializado, para que eles possam melhorar o material — relata o delegado.

     Um dos irmãos da vítima e o marido prestaram depoimento, mas eles não estavam presentes no momento do crime. A Polícia Civil aguarda o relato dos familiares que testemunharam a ação. O irmão que dirigia o carro estava muito abalado e não teve condições de prestar depoimento.

     Segundo o delegado, ainda não há uma linha determinada de investigação. 

     — Ainda não sabemos se foi um latrocínio, uma briga de trânsito ou se o atirador tinha intenção de matar alguém que estava no veículo. Precisamos dos depoimentos das testemunhas.

Tia “nega” deixará saudades na escola Aldo Conte

     Desde 2004, Dulcinéia trabalhava como funcionária na Escola Estadual de Ensino Médio Doutor Aldo Conte, em Sarandi, onde era carinhosamente chamada de “tia nega”. A vice-diretora da instituição Marivete Saccenda, 49 anos, conta que ela era uma das serventes mais queridas por alunos e professores.

     — Ela era uma batalhadora e ótima profissional. Costumava fazer brincadeiras e era uma ótima amiga. Fará falta para todos nós.

     A escola planeja realizar uma homenagem a ela no dia 25 de fevereiro, quando os alunos retornam às aulas.

     Marivete conta que o maior sonho de Dulcinéia era ver as filhas formadas no Ensino Superior. Caroline, 18 anos, estuda Direito, e Gabriela, 20 anos, cursa Arquitetura e Urbanismo, em faculdades de Passo Fundo.

Fonte: ZERO HORA

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