quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"

Manifestantes acamparam em fazenda do Mato Grosso do Sul na divisa com Paraguai

     Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia  guarani-caiová, "prontos para suicídio coletivo", conforme afirmam os líderes do movimento localizado em Mato Grosso do Sul. Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de tirarem a própria vida, conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai).

     "Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos", diz um trecho da carta indígena. A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida na semana passada, da Fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do Rio Joguico, em Iguatemi, divisa com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul.

     A determinação judicial é do juiz federal Henrique Bonachela, que fixou multa de R$ 500,00/dia, por descumprimento da ordem. A Funai informou que não pode desobedecer ordem do magistrado e a tensão aumentou no acampamento, instalado na fazenda há quase um ano. Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal, acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. O Cimi distribuiu nota afirmando que a situação no local é "gravíssima".

Fonte: Agência Estado

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