segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quanto valem duas vidas? Para os marginais, um aparelho de telefone celular.

No Crime mais repugnante cometido em Panambi os ladrões levaram só um telefone celular.



O mais bárbaro crime da história de Panambi: 


     Na noite da última segunda-feira, dia 02 de julho Roberto Weber – o Beto, 39 anos – que trabalhava na empresa Inviolável como vigia e seu filho primogênito Robertson Guilherme Weber – o Robinho, 17 anos - decidiram acampar na beira do Rio Fiúza em Linha Pavão, fundos da propriedade rural do Dr. Raul Schmitd na qual o pai de Beto é o administrador, um local tranquilo aonde se podia descontrair. Por volta das 21hs três marginais, todos eles com diversas passagens pela polícia, espreitavam as redondezas, o motivo ... não informaram, mas pelo histórico deles, deveriam estar a procura de gado alheio para carnear. Para a desgraça de uma família e de uma comunidade inteira, já que Panambi inteiro balançaria com os desdobramentos da ação criminosa que iriam perpetrar, o trajeto dos facínoras cruzou com os dois pescadores de espírito completamente desarmados. Ao notarem que eram apenas dois, decidiram assalta-los e como Roberto teria esboçado uma reação para proteger seu acampamento e, principalmente seu filho, partiram para cima do mesmo com uma voracidade canina, massacrando-o com golpes de facão, praticamente escalpelando a primeira vítima, o pai Roberto. O filho fora amarrado aos pés e mãos para que eles pudessem vasculhar o acampamento em busca de despojo, tendo roubado o aparelho celular de Roberto e as carteiras de ambos e jogado o corpo da vítima no Rio. Entrementes Fabinho, o filho, conseguiu desamarrar o pés e tentou fugir correndo pelo meio da mata, mas foi perseguido, encontrado e também trucidado com um golpe brutal de facão no pescoço, degolando-o. Posteriormente jogaram o corpo do filho em uma valeta a distância de 600 metros do local aonde jogaram o corpo de Beto no Rio. Ainda não satisfeitos com a ação diabólica, decidiram atear fogo no veículo da vítima, um Ford Del Rey, do qual ao que parece tentaram roubar um aparelho de DVD. O veículo ficou completamente carbonizado. Pronto, estava consumado o mais bárbaro crime da história de Panambi. 

Encontro dos corpos: 

     Na manhã de terça-feira, um amigo de Beto que tinha mantido contato com ele na tarde anterior e combinado um chimarrão, foi até o acampamento, deparando-se com a cena macabra, o carro queimado e o acampamento todo revirado, verificando melhor encontrou o corpo de Roberto mergulhado no Rio com apenas uma perna para fora. Imediatamente chamou a polícia e avisou o pai de Roberto que trabalha a pouca distância do local. 

     A polícia esteve no local, colheu pistas, recolheu o corpo e iniciaram as investigações. Faltava ainda Robinho, onde estaria? Teria fugido, estaria envolvido com o sumiço do pai? Diversas conjecturas foram levantadas, mas a família não tinha nenhuma dúvida de que o destino do menino teria sido o mesmo do pai, eles eram muito unidos, amigos e companheiros e o filho jamais iria abandonar o pai sem tentar socorrê-lo. 
 
     Iniciaram-se então, as buscas pelo corpo do menino. Inicialmente amigos e a polícia fizeram uma varredura nas imediações, mas não encontraram e então, entram em ação o Corpo de Bombeiros. Foram feitas buscas nas águas do Rio, mas nada foi encontrado. Na manhã de quarta-feira, na hora em que estava marcada a cerimônia de sepultamento de Roberto, populares encontraram o corpo de Robinho, a uma distância de cerca de 600 metros do acampamento, dentro de um pequeno córrego, com o corpo no barranco e uma perna dentro d’água, a cena era ainda pior que a anterior, o menino foi literalmente degolado, um golpe fortíssimo com um facão atorou sua garganta, maldade igual somente vista em filmes de terror. 

Quanto valeu a vida de dois cidadãos de Panambi?

     O final desta macabra história é algo que deixa perplexos os moradores de um município reconhecido como um dos mais prósperos da região, de gente que trabalha e que sabe respeitar e valorizar o ser humano. 

     Uma revolta geral tomou conta da população, duas vidas foram ceifadas e os ladrões levaram apenas um aparelho de telefone celular, o qual imediatamente trocaram por uma bicicleta. Ao serem presos, dois deles confessaram a autoria do crime e disseram praticamente a mesma coisa, só queriam roubar, mas com a reação de Roberto as coisas se precipitaram, mas qual é o pai que não reagiria tendo um filho menor ao lado na iminência de ser atacado por marginais? Roberto morreu tentando salvar a vida e seu patrimônio, Robertson morreu, tentando buscar socorro para seu pai e o preço de duas vidas preciosas de pessoas muito bem quistas em todos os lugares que andavam foi ...um aparelho de telefone celular. 

Antecedentes crimais.

     Os três marginais envolvidos têm antecedentes criminais. Todos eles deveriam estar atrás das grades, mas estavam soltos. Andavam a ermo, como o diabo, buscando alguém para tragar, e encontraram duas vítimas inocentes e cometeram o crime com crueldade tal que abalou uma comunidade inteira. 

     Jonas o ‘Negrote’ e Vitinho são naturais de Panambi, traçaram uma história de crimes aqui mesmo, mas Fabiano, o Baiano é natural de Erval Seco, sua história de crimes inicia aos 15 anos de idade. Baiano já tem um homicídio e duas tentativas de homicídio praticadas em Vicente Dutra, além de crimes de toda a espécie praticadas na região. 

Baiano já tinha degolado uma pessoa em Vicente Dutra.

     Um dos marginais que atacaram e mataram pai e filho em Panambi já tinha antecedente de crime cruel. Em 18 de março de 2005 ele e mais dois comparsas assassinaram um homem e feriram outras duas pessoas em Vicente Dutra. Fabiano conta como vantagem que degolou o homem, agora já tem três homicídios em seu currículum e entre estes duas degolas e uma decapitação. 

A Polícia fez sua parte, agora é a vez da Justiça.

     Atuando incansavelmente desde que tomou conhecimento do ocorrido a Polícia Civil, através de seu Departamento de Investigação, conseguiu prender um dos marginais e inquietar os demais de maneira tal que os forçou a se entregarem na Delegacia. A prisão de Negrotte, ocorreu na Linha Pinheirinho, talvez tivesse intenção de fugir, mas Vitinho e Baiano não tiveram descanso, porque a todo o momento os policiais realizavam passadas nos locais aonde eles estavam. Este fato lhes intimidou e lhes forçou a se entregar, porque sabiam que não dariam mais um passo na rua sem que fossem reconhecidos e presos. 

     Agora estão os três na Penitenciária Modulada de Ijuí e chegou a vez da justiça. Para este caso haverá um júri popular, a pena prevista para este tipo de crime chega a trinta anos de prisão e Panambi inteiro estará muito atento para o desfecho, uma pena menor que a máxima será uma afronta para a comunidade. Ninguém aceitará ter que conviver com marginais.


Reportagem Especial
Fonte e Fotos: Agora Já.Net

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