quinta-feira, 5 de julho de 2012

Perícia identifica autor da morte de menina em Rio Pardo

Delegado de Rio Pardo disse que crime foi premeditado

  Marciele Freitas Pinheiro foi morta com 15 facadas em 17 de maio
  Crédito: Reprodução Facebook / CP


     Um exame de DNA comprovou que Marciele Freitas Pinheiro, de 12 anos, foi vítima de abuso sexual antes de ser morta com 15 facadas no dia 17 de maio, em Rio Pardo. O delegado Anderson Faturi conta que no corpo da menina foi encontrado sêmen do homem de 22 anos que está preso há 35 dias suspeito de ser o autor do crime. No dia 28 de junho, a Justiça decretou a prisão preventiva dele, já que o prazo da temporária estava encerrando.

     Conforme Faturi, o homem morava no bairro Boa Vista, assim como a vítima, e a observou durante uma semana antes de cometer o crime. "Ele trabalhava como servente em uma obra na rua da escola dela e fazia o mesmo caminho que a estudante, no mesmo horário", relata. Assim, o homem teria planejado o ocorrido e levado Marciele para um matagal, onde a estuprou, matou e depois roubou seu celular, de acordo com o delegado.

     A polícia chegou até ele rastreando o aparelho, que foi localizado com uma mulher que indicou onde tinha conseguido. Na casa do suspeito, foram encontrados o cartão de memória do celular, uma faca com resquícios de sangue e tecidos queimados, semelhante aos que estavam enrolados no pescoço da vítima. Os materiais foram encaminhados para análise, mas o resultado ainda não saiu.

     O inquérito foi concluído e será remetido à Justiça. O indiciamento ocorrerá por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável e roubo. "Pela frieza e crueldade que apresenta, o suspeito não pode ficar solto, pois pode voltar a cometer outros crimes do tipo", afirma o delegado. O homem possui passagens pela Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) desde os 13 anos, inclusive por estupro. Como maior de idade, já foi preso e tem antecedentes por ameaça com faca, roubo e furto, segundo Faturi.

     Marciele foi assassinada na manhã do dia 17 de maio quando seguia para a Escola Rio Pardo, no bairro Guerino, onde cursava a 7ª série. O corpo da adolescente foi encontrado pelos familiares à noite em um matagal nas proximidades de um corredor que liga a avenida Rio Branco à BR 471, próximo ao entroncamento com a ERS 403, por onde a menina passava todos os dias para ir até o colégio. 

O corpo não apresentava sinais de violência sexual, por isso a hipótese inicial da polícia é de que se tratasse de um homicídio. No andamento da investigação, porém, o delegado passou a acreditar que se tratava de um latrocínio, já que o celular da vítima havia sido levado.

Fonte: Camila Kila / Correio do Povo

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