terça-feira, 19 de junho de 2012

Ato discute estatuinte e reitor recebe reivindicações dos estudantes

Primeira reunião de negociação será na sexta-feira, no mesmo dia estudantes realizam Assembleia Geral 
  Professor Adriano Figueró representou os docentes da UFSM no debate sobre Estatuinte. 
  Foto: Mariana Fontoura.


     As categorias em greve da UFSM, representantas pelos comandos locais de greve e por suas respectivas entidades (DCE, ASSUFSM, SEDUFSM e SINASEFE) realizaram uma série de atividades dia (18) na reitoria da UFSM. O dia começou com um café da manhã, seguiu com um debate sobre a estatuinte e após o almoço terminou com a cobrança pública das categorias ao reitor da UFSM, Felipe Muller, sobre as pautas e sobre o processo de estatuinte protocolado em 2010 pelas entidades e até hoje engavetado.

     O dia de atividades contou com uma mesa de debates que tinha como tema a “Estatuinte e a Universidade que queremos”. Compuseram a mesa de debates o professor e membro do Comando Local de Greve, Adriano Figueiró, o representante dos TAEs, Eloiz Cristino, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), José Luiz Zasso, e o vice-diretor do Colégio Técnico de Santa Maria (CTISM), Cláudio Rodrigues Nascimento. 

     Em sua fala, Adriano Figueiró leu texto de José da Fonseca Pires, destinado, na década de 1980, a conduzir a instalação de uma estatuinte na universidade. Figueiró lembra que, mesmo passados 25 anos, a comunidade universitária segue sem uma estatuinte e que o sonho de 1987 continua atual. A ausência de estruturas democráticas faz, segundo o professor, com que apenas os interesses dos dirigentes sejam ouvidos. Para Figueiró, o sistema que atualmente rege a universidade é uma “autonomia tutelar” e para se combater essa falsa democracia é importante saber articular a atuação local, questionando a administração posta aqui, em Santa Maria, e nacional, sobre as políticas públicas para a educação, que são parte de um programa de governo.

     Já o representante dos TAEs, Eloiz Cristino, ressaltou a importância da unidade das três categorias. O técnico-administrativo também fez coro às críticas ao atual modelo de universidade, apresentando alguns pontos específicos de reivindicação da categoria. Cristino ainda lembrou que hoje temos uma estrutura universitária arcaica, que dificulta a criação de conselhos paritários e outras ferramentas efetivamente democráticas.

     A crítica à atual estrutura universitária também esteve presente nas falas do vice-diretor do CTISM, Cláudio Rodrigues Nascimento, e do membro do DCE na gestão Avante (2009-2010) quando da proposta de estatuinte, José Luis Zasso. Para o estudante, a estatuinte pode ser uma possibilidade de mudar a estrutura e disputar a hegemonia conservadora da universidade. Segundo Zasso, e necessário envolver setores de dentro e fora da UFSM e contribuir para a construção de uma educação que realmente atenda às demandas da sociedade. 

 Müller recebe pauta dos estudantes. Foto: Mariana Fontoura

     Na parte da tarde, o reitor desceu do gabinete do quinto andar para o hall da reitoria onde apresentou uma proposta de pesquisa sobre a estatuinte, um processo que já dura mais de 20 anos na UFSM. A proposta foi rechaçada pelas entidades, o estudante Leonardo Soares, membro do DCE, que solicitou a discussão do Congresso Estatuinte já na próxima reunião do Conselho Universitário, dia 29 de julho. O estudante também entregou, em nome do Comando de Greve Estudantil, as reivindicações levantadas nas últimas Assembleias Gerais. Uma primeira rodada de negociação será realizada na sexta-feira, às 14h30, um pouco antes, às 12h, tem Assembleia Geral dos Estudantes que será realizada na Reitoria da UFSM.

Fonte: Diretório Central dos Estudantes – UFSM
Com informações da SEDUFSM

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