quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Clínica médica denuncia delegada que teria agredido funcionária no Rio


     Uma delegada que trabalha na Corregedoria Unificada da Polícia Civil foi acusada de agredir uma funcionária de uma clínica psiquiátrica na tarde de quarta-feira (25). Segundo o advogado da clínica, ela queria retirar um prontuário médico e chegou a dar voz de prisão à funcionária do local.
     Rejane Gabriel trabalha na clínica que deixou de prestar atendimento há seis meses. Ela acusa a delegada Helen Sardenberg de ter invadido o escritório da clínica. “Ela queria um documento que eu não tinha autoridade para dar, que só o médico pode dar, e aí disse que era um desacato à autoridade, porque ela era uma delegada e eu era obrigada a fornecer”, disse a funcionária.
     Ela conta que recebeu voz de prisão. “Eu estava presa, não podia sair dali, não podia fazer nada. Saí extremamente humilhada, arrasada, um sentimento horrível porque ser trabalhador dentro de um local e alguém chega e fala: ‘eu tenho poder, eu sou delegada, eu posso fazer’ ", disse.

Agressões físicas

     As marcas no braço, segundo Rejane, são resultado de uma agressão da delegada e de um suposto inspetor da polícia que a acompanhava. O advogado da clínica levou a funcionária para dar queixa na delegacia.
     “Não sabemos o que ela levou. Abuso de autoridade. Alguém sem mandado, sem nada, invade uma empresa para tirar as coisas sem ordem de ninguém”, disse o advogado.
     Rejane contou, ainda, que foi empurrada contra uma estante. Alguns objetos que estavam no móvel ficaram no chão. Depois, ainda de acordo com a funcionária, a delegada seguiu para a sala de arquivo e revirou caixas que guardam prontuários médicos.
     O prontuário médico que a delegada estaria procurando seria dela mesma. O advogado da clínica confirmou que a delegada esteve internada na clínica tempos atrás.
     A delegada Helen Sardenberg disse que foi para casa sem o prontuário médico e negou todas as acusações. A Secretaria de Segurança Pública informou que vai aguardar o avanço da investigação e que, por enquanto, a delegada continua normalmente em sua função na Corregedoria.
     Na delegacia foi feito o registro de desacato e desobediência pelo investigador da Polícia Civil contra Rejane, mas também serão investigadas as acusações feitas pela funcionária do escritório contra a delegada e o agente da polícia.

Fonte: Do Bom Dia Rio

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