terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Policiais ocupam sede de TV a cabo do grupo Clarín na Argentina

      Site do Clarín mostra policiais da Gendarmería em frente ao prédio da Cablevisión, em Buenos Aires (Foto: Reprodução)
]
     Agentes da Gendarmería Nacional, força ligada ao Ministério da Segurança Nacional da Argentina, invadiram e ocuparam nesta terça-feira (20) a sede da empresa Cablevisión, TV por assinatura do grupo Clarín, maior conglomerado de mídia do país que tem embates com o governo desde o ano passado.
     De acordo com o site do Clarín, os policiais cumprem uma ordem da justiça da cidade de Mendonza, onde a companhia não opera, que é fruto de uma denúncia apresentada pela empresa Supercanal, ligado ao grupo Vila-Manzano, “alinhado ao kirchnerismo”.
     A operação começou às 10h e se estendeu até as 13 horas (horário local). Segundo o Clarín, os policiais deixaram a sede com a chegada dos advogados da empresa, que argumentaram que havia jurisdição para a invasão.
     Cerca de 50 homens da Gendarmeria, segundo o Clarín, chegaram à sede da Cablevisión, no bairro de Barracas, acompanhados por funcionários da Justiça e de uma equipe do programa “678”, do canal estatal.
     Eles se concentraram no 9º andar do edifício onde, segundo o Clarín, solicitaram diversos documentos a executivos da empresa. “Também revistaram as bolsas de cada pessoa que entrava na sede da companhia”, diz o texto no site do jornal.
     De acordo com o jornal, a ordem do juiz Walter Bento se baseia numa denúncia feita pelo Supercanal, do grupo Vila-Manzano, com sede em Mendonza, um “aliado fundamental do governo”. O jornal não detalha o teor das acusações.
     Segundo o diário argentino "La Nacion", o Supercanal tenta na justiça anular a fusão dos grupos Cablevisión e Multicanal.
     Em um comunicado, o Cablevisión acusa o grupo Vila-Manzano de “uma manobra com auxílio de um juiz” para tentar “intervir” no grupo e descreve a ocupação como um ato “sem precedentes que se inscreve dentro da sistemática campanha de hostilização que o governo faz às empresas do grupo Clarín”.

Fonte: Do G1, em São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário