quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Prefeitura quer devolução de R$ 354 mil do Instituto Ronaldinho Gaúcho

    Vista aérea do Instituto Ronaldinho Gaúcho (Foto: Ronaldo Bernardi)

     A prefeitura de Porto Alegre quer a devolução de R$ 354.901,64 repassados ao Instituto Ronaldinho Gaúcho (IRG) por suposto uso indevido de verbas. O valor, segundo o secretário de Governança Local, Cézar Busatto, faz parte de um total repassado ao instituto por convênios firmados com a prefeitura entre 2007 e 2010. Ao todo, a instituição recebeu R$ 5,2 milhões do poder público — R$ 2,3 milhões do governo federal e R$ 2,9 milhões do paço municipal.
     — Reunimos um conjunto de notas em que não reconhecemos consistência, que não estavam de acordo com o plano de trabalho do convênio. Estamos exigindo esta devolução — afirma Busatto.
     Na noite de terça-feira, durante reunião extraordinária da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude da Câmara da Capital, decidiu-se que algumas empresas contratadas pelo IRG também deverão ser convocadas pelo Legislativo para prestarem esclarecimentos. Estas contratadas emitiram notas fiscais sem discriminação de serviços num valor total de R$ 330 mil.
     Os documentos são relacionados com serviços que vão desde alimentação de 2,7 mil crianças atendidas durante a vigência de convênios até fornecimento de material esportivo como bolas, bandeiras de arbitragem, apitos e cartões de advertência e expulsão.
     A secretária da Educação, Cleci Jurach, afirmou que os convênios firmados incluíram a compra de equipamentos para programas de inclusão digital. Segundo Cleci, o material foi recuperado pela prefeitura depois do encerramento das atividades do Instituto Ronaldinho Gaúcho. A secretária garantiu que os documentos relacionados aos convênios comprovam que, da parte do Executivo, não houve qualquer ação de superfaturamento e que as crianças atendidas tiveram melhorias significativas em seu desempenho escolar.

"Destinação correta"

    
O gerente de Projetos do IRG, Luciano Comassetto, e o advogado Sérgio Queiroz disponibilizaram oito volumes de documentos contábeis ao Legislativo durante a audiência. Conforme eles, todas as verbas foram utilizadas de forma correta, e a instituição dispendeu R$ 1,9 milhão em recursos próprios para garantir a execução dos projetos sociais.
     O instituto pode ser tema de uma CPI na Câmara, requerida pelo vereador Mauro Pinheiro (PT) na semana passada.


Fonte: ZERO HORA

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