quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Minha filha só dizia para não deixar ela morrer", diz gaúcha vítima de naufrágio em Brasília


Bombeiros ainda pretendem realizar o trabalho de içamento da embarcação
 - Dorivan Marinho / Agência Estado

     Michele, 37 anos, esposa do gaúcho Paulo de Mello, 37 anos, uma das vítimas do naufrágio no Lago Paranoá, em Brasília, ainda tenta entender a tragédia.
     Ela, que é natural de Dom Pedrito, disse que na noite de domingo, Mello, que já havia trabalhado como garçom no mesmo barco, participava pela primeira vez da festa como convidado. Atualmente, o casal e a filha Paula Letícia, 11 anos, viviam em São Sebastião do Caí, a 39km de Brasília.
     A viúva conta que tudo transcorria de forma tranquila até que um prato de salada do buffet caiu no chão, chamando a atenção de todos. Logo depois, as luzes da embarcação piscaram e, por fim, apagaram. Com isso, todos os ocupantes foram para a frente do barco, que começou a ser invadido pela água. 
     — Minha filha só dizia para não deixar ela morrer, mas eu não podia fazer nada. Tive que nadar muito, estava com câimbra, até aparecer o resgate _ relembra Michele.
     Paula Letícia conta que tentou manter a calma e, em meio a agonia, conseguiu alcançar para uma outra menina, que parecia não saber nadar, um colete que estava boiando.
     Paulo não conseguiu sobreviver. O corpo dele foi o primeiro a ser retirado do lago, na manhã de segunda-feira. 

Confira a matéria completa na edição desta sexta-feira do Diário de Santa Maria.
Fonte: Diário de Santa Maria / Zero Hora

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